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Guedes sabe mais de economia, diz Bolsonaro após polêmica do IOF

Na sexta 4, o presidente foi desmentido logo após anunciar que seria preciso elevar o IOF para prorrogar benefícios fiscais ao Norte e Nordeste

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 jan 2019, 21h25 - Publicado em 7 jan 2019, 12h30

O presidente Jair Bolsonaro disse durante a cerimônia de posse dos presidentes dos bancos públicos nesta segunda-feira, 7,  que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é o responsável pelas decisões da política econômica do país. “O meu desconhecimento em muitas áreas e a aceitação disso é um sinônimo de humildade”.

“Conheço um pouco mais de política que o Paulo Guedes e ele, com certeza, conhece muito mais de economia do que eu”, afirmou. “Eu acredito nessa equipe composta por Paulo Guedes para conduzir o destino não somente econômico, mas de todo nosso país.”

A fala aconteceu após o anúncio polêmico do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi desmentido pela equipe econômica e pela Casa Civil na última sexta-feira, 4. Pela manhã, Bolsonaro declarou que seria preciso elevar a alíquota do IOF para compensar a prorrogação de benefícios fiscais para o Norte e Nordeste. À tarde, ele foi desmentido pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Bolsonaro disse que a autonomia da equipe econômica começou antes do governo, com Guedes, secretarias e presidentes de bancos públicos podendo escolher seu primeiro escalão. “O que havia de briga antes  de qual partido ia ficar com essa ou aquela pasta dos bancos  não houve agora.”

De acordo com o presidente, a política econômica é fundamental para a geração de empregos e queda da violência. Ele aproveitou seu discurso para cutucar os governos petistas. “Nós não podemos errar. Se errarmos, você sabe quem poderá voltar”, afirmou o presidente.

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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, negou qualquer atrito entre Bolsonaro e Guedes. Segundo ele, os dois são “best friends”. “Não teve rusga nenhuma. Nem rusga nem carrinho por trás nem tesoura voada. Não teve nada [de atrito]. Hoje de manhã se encontraram aí, best friends.”

À tarde, durante cerimônia de transmissão de cargo do Banco do Brasil, Guedes devolveu os elogios feitos pelo presidente.  “Ele [Bolsonaro] tem a qualidade de uma liderança efetiva, como nós precisamos. Não tem medo de encarar os problemas, não quer ser popular, ele quer fazer a coisa certa. Pensa nas futuras gerações, e não nas próximas eleições”, disse.

“Todo mundo acha que tem uma discussão entre nós, uma briga. Nós somos uma equipe muito, muito sintonizada. E isso acabou indo parar nos próprios discursos do presidente. E é como nós pensamos: nós estamos pensando em futuras gerações, e não na próxima eleição”, completou o ministro.

Revisão dos contratos

Segundo o presidente, o norte que a economia deve seguir é o da transparência “acima de tudo”. Bolsonaro afirmou que os contratos dos bancos precisam ser abertos ao público, bem como atos passados. “Não podemos admitir confidencialidade pretérita. Aqueles que foram a essas instituições por serem amigos do rei buscar privilégios, ninguém vai perseguir. Mas esses contratos se tornarão públicos.”

Mais cedo, Bolsonaro usou o Twitter para dizer que a “caixa-preta” do BNDES e de outros órgãos do governo estão sendo abertas.

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“Com poucos dias de governo, não só a caixa-preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados. Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela Ministra Damares e outros”, afirmou ele no Twitter.

Funcionários do BNDES rechaçam a existência de uma caixa-preta na instituição. Segundo a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES), o banco divulga suas operações de forma ampla e transparente, sem paralelo com qualquer outra instituição. “Estão disponíveis no portal institucional informações sobre cliente, valor da operação, projeto apoiado, taxa de juros, prazos e garantias.”

 

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