Governo Trump pode cortar mais de 10 mil empregos durante shutdown, diz Casa Branca
Cerca de 4 mil funcionários já foram demitidos durante paralisação
O diretor do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Russel Vought disse nesta quarta-feira (15) que Trump pode cortar mais de 10 mil empregos durante paralisação do governo. Até o momento, 4.100 pessoas foram demitidas, o que afetou sete agências federais.
“Queremos ser muito agressivos onde for possível, reduzindo a burocracia, não apenas o financiamento”, disse Vought, diretor do Escritório de Gestão e Orçamento. O diretor também listou uma série de entidades governamentais que podem ser os próximos alvos de cortes, incluindo os programas do New Deal Verde no Departamento de Energia e os esforços de justiça ambiental na Agência de Proteção Ambiental. Vought também citou a Agência de Desenvolvimento de Negócios Minoritários do Departamento de Comércio e a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, conhecida como CISA.
O governo Trump alertou que o shutdown, que está no 16º dia, terá demissões em massa de funcionários federais. Vought em sua participação no The Charlie Kirk Show, afirmou que o número pode aumentar ainda mais que 4.100, e que provavelmente será em 10 mil.
A Casa Branca divulgou suas estimativas contínuas de RIFs, avisos de redução de efetivo, em documentos judiciais como parte de uma ação federal movida por sindicatos que representam funcionários públicos, que buscam impedir o governo Trump de realizar as demissões durante a paralisação.
Vough disse que os números de RIF fornecidos no processo são “apenas uma amostra”. “Acredito que aumentará muito e manteremos esses RIFs em andamento durante esta paralisação, porque achamos importante”, disse ele.
Desdobramentos do shutdown
O shutdown do governo dos Estados Unidos, que já dura 16 dias, teve início em 29 de setembro de 2025, após o Congresso norte-americano não conseguir aprovar o orçamento federal a tempo para o novo ano fiscal, que começou em 1º de outubro. A paralisação ocorreu por causa de impasses políticos entre a Casa Branca e o Congresso sobre os limites de gastos públicos e prioridades de investimento, especialmente nas áreas de defesa, imigração e programas sociais.
Desde então, centenas de servidores públicos federais estão sem trabalhar ou recebendo salários atrasados, enquanto serviços considerados não essenciais, como parques nacionais e agências de pesquisa, seguem fechados. Setores como educação, transporte e administração pública também vêm sofrendo atrasos e interrupções.
Economistas alertam que, se a paralisação persistir, o impacto pode se ampliar, afetando o crescimento econômico e gerando maior incerteza nos mercados globais, sobretudo em um momento de tensões comerciais com a China e de ajustes na política monetária do Federal Reserve.
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