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Governo descarta possibilidade de apagão após ONS apontar risco de sobrecarga

Relatório do ONS alertou que crescimento da geração descentralizada de energia pode sobrecarregar a rede de nove estados até 2029

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 fev 2025, 12h36

O Ministério de Minas e Energia (MME) garantiu que não há risco iminente de apagões no Brasil. A declaração ocorre após um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável por coordenar as operações de geração e transmissão de energia, apontar riscos de possíveis sobrecargas na rede de nove estados até 2029. O documento, publicado em dezembro de 2024, foi recuperado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, no último domingo, 9.

Em nota enviada a VEJA, a assessoria de comunicação do MME afirmou que “devido à robustez do sistema elétrico e às medidas operativas recorrentemente realizadas de maneira preventiva pelo ONS, não há risco iminente de apagão no Brasil”. No domingo, a própria ONS publicou uma nota esclarecendo que não há perigo imediato de apagão e que o documento, produzido anualmente, busca avaliar o sistema elétrico para garantir que a operação “ocorra com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo” no futuro.

O relatório, intitulado Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional, concentra perspectivas de investimento para o setor elétrico entre 2025 e 2029. O estudo aponta que o crescimento da geração de energia descentralizada, por meio de painéis solares, pode resultar em sobrecarga em nove estados: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.

O órgão observa que a micro e minigeração distribuída painéis solares instalados em residências e comércios e as usinas solares tipo 3, grandes instalações solares conectadas à rede, somam atualmente uma capacidade instalada de 53 GW, o que representa 22% da capacidade total do país.

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Uma expansão significativa dessas modalidades pode ser um problema porque, em certos estados, as redes não estão preparadas para lidar com o fluxo de energia proveniente de vários pontos ao mesmo tempo, o que pode causar sobrecarga e instabilidade — fenômeno conhecido como “fluxo reverso” de energia. Além disso, a distribuição desigual pode afetar a eficiência da rede, dificultando o equilíbrio entre oferta e demanda.

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“O aumento da geração distribuída e a inversão de fluxo de potência em algumas subestações são fenômenos técnicos mapeados e que estão sendo tratados pelo ONS, que trabalha em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para garantir a modernização da infraestrutura da rede elétrica”, afirmou a nota da ONS.

 

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