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Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ataca alta da Selic, mas poupa Galípolo

Críticas ao Copom, cuja maioria dos diretores foi indicada por Lula, ganha peso diante da possibilidade de Gleisi Hoffmann se tornar ministra de Lula

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jan 2025, 19h37 - Publicado em 29 jan 2025, 19h29

Tão previsível, quanto a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros, Selic, em 1 ponto percentual para 13,25% ao ano na reunião que terminou nesta quarta-feira 29, é o bombardeio petista desencadeado pelo anúncio. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, atacou a alta em sua conta na rede social X. “É péssimo para o país e não encontra qualquer explicação nos fundamentos da economia real”, afirmou.

A reação de Hoffmann ganha mais relevância, diante dos rumores de que é cotada para ocupar uma pasta na reforma ministerial em gestação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, as críticas da presidente do partido de Lula ganham um peso maior, quando se lembra que esta foi a primeira reunião do Copom comandada por Gabriel Galípolo, indicado por Lula para suceder Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central e considerado pelo chefe do Executivo como um “menino de ouro”.

Galípolo foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, no início do terceiro mandato de Lula, e ajudou Fernando Haddad a elaborar o arcabouço fiscal que substituiu o teto de gastos, mecanismo de controle das contas públicas criado no governo de Michel Temer e alvo de ferozes ataques dos petistas.

Para complicar, as críticas de Hoffmann se referem à primeira reunião do Copom em que a maioria dos diretores foi indicada por Lula – e a decisão de elevar os juros foi tomada por unanimidade.

No post que publicou logo após a decisão de hoje, Hoffmann afirma que “nem mesmo os agentes do mercado acreditam na apregoada eficácia antiinflacionária da política contracionista que foi imposta ao país.” Segundo a petista, o próprio BC reconheceria que a pressão inflacionária decorre muito mais da taxa de câmbio do que do crescimento da economia e do emprego.

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Hoffmann também minimizou o estouro do teto da meta de inflação no ano passado, quando o IPCA – o índice oficial – acumulou alta de 4,83%, acima do teto de 4,5% e bem além do centro da meta de 3%. Para ela, o que houve foi uma “variação ligeiramente acima da meta do ano”.

Apesar de torpedear a decisão do Copom, a petista poupou Galípolo. “Neste momento, sabemos que não resta muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige.”

 

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