Gerdau inaugura ampliação de usina em Ouro Branco com presença de Lula e Zema
Ampliação do laminador de bobinas a quente da usina de Ouro Branco consumiu 1,5 bilhão de reais em investimentos

A Gerdau realizará, na tarde desta terça-feira 11, a cerimônia de inauguração das obras de ampliação da usina de Ouro Branco, localizada em Minas Gerais. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de alguns assessores, como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. O governador mineiro, Romeu Zema, também confirmou sua participação. Antes de seguir para a siderúrgica, Lula e Zema participaram de uma visita à Stellantis, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Com investimento de 1,5 bilhão de reais, as obras envolveram a ampliação da capacidade do laminador de bobinas a quente da usina. Com isso, a Gerdau acrescentou mais 250.000 toneladas por ano de capacidade de produção de bobinas, somando agora 1,1 milhão de toneladas por ano. No total, a Gerdau, cuja sede fica em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está investindo 6 bilhões de reais em Minas Gerais.
A planta de Ouro Branco é a maior operação da Gerdau em todo o mundo, com uma capacidade anual de 4,5 milhões de toneladas, equivalente a 12% da produção total de aço do país. Suas instalações contam com dois altos-fornos para a produção de aços longos e planos, como vergalhões para a construção civil, fio-máquina, perfis estruturais, chapas grossas e bobinas a quente. Além do Brasil, a siderúrgica mantém unidades na América do Norte e na América do Sul.
A inauguração da unidade ocorre em um momento desafiador para as siderúrgicas brasileiras e estrangeiras, afetadas pela decisão do presidente americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre os produtos siderúrgicos importados pelos Estados Unidos. O fato de a Gerdau manter operações no país reduz o impacto do protecionismo de Trump.
Recentemente, o executivo-chefe da companhia, Gustavo Werneck, afirmou que as medidas tomadas pelo novo ocupante da Casa Branca são positivas, na medida em que protege o mercado americano da entrada de aço asiático, sobretudo o chinês. Segundo o executivo, a sobretaxa ao aço chinês já começa a surtir efeitos, como a retomada dos preços da commodity nos Estados Unidos e o aumento das vendas.
Em recente entrevista coletiva, Werneck defendeu que o Brasil também adote medidas para proteger sua indústria siderúrgica. Sem isso, o executivo não descartou a possível revisão dos investimentos no país.