A fortuna das dez mulheres mais ricas do mundo cresceu 20% entre 2023 e 2024, passando de um total de 391,2 bilhões de dólares para 468,6 bilhões, de acordo com a revista Forbes. Embora seja uma evolução impressionante, o desempenho ficou em linha com o das principais bolsas de valores do mundo. A comparação é importante, quando se lembra que a maior parte do patrimônio dessas bilionárias é representado pelas ações de suas companhias.

O Dow Jones, por exemplo, acumulou alta de cerca de 13% no ano passado. Já o S&P 500, também da Bolsa de Nova York, saltou aproximadamente 25%. Na Europa, a performance foi mais modesta: o índice Stoxx 600, que representa as 600 ações mais negociadas no Velho Continente, acumulou ganhos de apenas 6%. Já o índice da Nasdaq, bolsa onde são negociados muitos dos papéis de empresas de tecnologia, disparou mais de 30% no ano passado.

O desempenho das ações ligadas à tecnologia, puxadas sobretudo pela inteligência artificial e pelo avanço do comércio eletrônico, é um dos principais motivos para que o patrimônio das dez mulheres mais ricas do mundo crescesse apenas metade do reportado pelos dez homens mais ricos do planeta. Nada menos que sete deles têm sua fortuna ligada à tecnologia. Com isso, ela passou de um total de 1,1 trilhão de dólares para 1,6 trilhão entre 2023 e 2024.

Veja o ranking das dez mulheres mais ricas do mundo em 2024, segundo a Forbes.

No topo da lista das mulheres mais abonadas, está a francesa Francoise Bettencourt Meyers, herdeira do grupo de produtos de beleza e cuidados pessoais L’Oreal. Segundo a Forbes, suas fortuna no ano passado era de 99,5 bilhões de dólares. A cifra representa um aumento de 24% sobre o ano anterior. Em segundo lugar, está a americana Alice Walton, herdeira da varejista Walmart, com 72,3 bilhões – uma alta de 28%.

A indiana Savitri Jindal foi quem apresentou a maior evolução patrimonial no ano passado: 91%. Com isso, sua fortuna saltou de 17,5 bilhões para 33,5 bilhões de dólares. Savitri é presidente do conselho de administração do Grupo Jindal, cujos negócios se estendem da siderurgia à produção de cimento, geração de energia e projetos de infraestrutura. Após a morte de seu marido, O.P. Jindral, em 2005, ela assumiu o comando do conglomerado em conjunto com seus quatro filhos.

Ainda de acordo com a Forbes, a única mulher entre as Top 10 que “empobreceu” no ano passado foi Miriam Adelson, herdeira do grupo de cassinos Las Vegas Sands, cujos negócios se estendem até Macau e Singapura. No ano passado, sua fortuna encolheu 9%, baixando de 35 bilhões para 32 bilhões de dólares.

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