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Fomos até onde pudemos, diz Temer sobre reforma da Previdência

Ele voltou a repetir que a proposta pode ser retomada até outubro se o governo conseguir colocar a segurança pública do Rio "nos eixos"

Por Estadão Conteúdo
14 mar 2018, 13h52

O presidente da República, Michel Temer, disse nesta quarta-feira que seu governo foi até onde pôde com a reforma da Previdência e decidiu tirar a matéria da pauta da Câmara ao perceber que não havia condição de votar a proposta de mudança nas regras das aposentadorias em ano eleitoral. Segundo ele, reformas que eliminam privilégios teriam naturalmente objeção num ano eleitoral, de modo que ele percebeu “nitidamente” que seria difícil votar a reforma da Previdência neste momento

“Fizemos muitas reformas e a sequência seria a Previdência. Fomos até onde pudemos. Fizemos um trabalho de mais de um ano buscando a reformulação do sistema previdenciário”, afirmou o presidente ao participar da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, que acontece nesta quarta na zona sul da capital paulista.

Após dizer que “administrar também é examinar valores administrativos”, o presidente afirmou que o tema da segurança pública, principalmente no Rio de Janeiro, foi um dos valores que entraram em pauta. Ele mencionou isso ao justificar a intervenção federal na segurança pública fluminense, o que impede, enquanto estiver em vigor, a tramitação de emendas constitucionais no Congresso.

“Se resolvermos o problema lá no Rio, isso serve de exemplo a outros estados. Se desandar lá, também serve de mau exemplo a outros estados”, comentou Temer.

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O presidente repetiu que a reforma das aposentadorias poderá ser retomada e votada no fim do ano se o governo conseguir colocar a segurança pública do Rio “nos eixos” até setembro ou outubro, permitindo, com isso, suspender a intervenção federal. Caso contrário, realçou, caberá ao próximo presidente realizar a reforma.

A respeito do mesmo tema, Temer reafirmou que a reforma da Previdência saiu “temporariamente” da pauta legislativa, mas não da pauta política, já que, conforme considerou o presidente, todos os candidatos a sua sucessão terão que colocar a posição em relação ao sistema previdenciário durante a campanha.

Depois de considerar que o otimismo dos investidores em relação ao Brasil foi reconquistado, Temer afirmou que o empresariado não investe para o dia de hoje, mas, sim, verificam a potencialidade do país e fazem o investimento de olho no retorno a longo prazo. “As pessoas esperam que o Brasil se organize para dar segurança aos investidores”, assinalou o presidente.

 

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