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Fnac fecha última loja no país; ex-funcionários cobram verbas rescisórias

Trabalhadores demitidos no mês passado alegam que ainda não receberam indenizações e não conseguem sacar FGTS

Por Redação
Atualizado em 16 out 2018, 21h54 - Publicado em 16 out 2018, 19h21

A rede de livrarias Fnac fechou nesta segunda-feira (15) sua última unidade no Brasil, localizada em Goiânia. Nesta terça-feira (16), ex-funcionários da empresa realizaram um protesto em São Paulo, na loja do Conjunto Nacional da Livraria Cultura, que comprou a operação da varejista no país no ano passado. Eles exigiam o pagamento de seus direitos trabalhistas.

Andréia Soares era funcionária da Fnac em Campinas, interior de São Paulo. O local onde trabalhava foi fechado no dia 10 de setembro, juntamente com outras quatro no estado. Ela conta que o protesto na Avenida Paulista foi organizado, porque a empresa ainda não pagou a multa rescisória.

“Fomos informados de que o pagamento seria feito até o dia 10 de outubro. Como o dinheiro não entrou na conta, tentamos pedir informações ao RH da empresa, mas não obtivemos resposta.”

Andréia afirmou que, segundo o sindicato, a Livraria Cultura faria o parcelamento do pagamento da multa rescisória, mas até o final da tarde desta terça-feira eles continuavam sem receber.

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“Estamos em contato com os ex-funcionários de São Paulo. Eles têm a mesmas queixas, porque as lojas foram fechadas no mesmo dia que a nossa. Precisamos da verba rescisória, porque sem ela não conseguimos sacar o FGTS e nem o seguro desemprego”, explicou.

Sobre o protesto na loja da avenida Paulista, a Livraria Cultura afirmou por comunicado que “não vai se manifestar por enquanto”.

No mês passado, após fechar a Fnac da Paulista, a Cultura informou que estava apenas seguindo “rigorosamente o plano
estratégico que traçou para os próximos anos: manter unidades com boa performance, qualificar a experiência do cliente em loja e crescer significativamente no e-commerce”.

“Seguindo estes eixos, é certo que não manteremos lojas deficitárias. A Fnac francesa desistiu de atuar no Brasil no passado recente, e o atual cenário de incertezas não nos permite fazer apostas arriscadas”, afirmou.

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A empresa afirmou ainda que sua estratégia é “ficar com poucas e ótimas lojas, buscando oferecer um serviço impecável ao
consumidor”.

As dificuldades financeiras da Fnac no Brasil vieram à tona no ano passado, quando a empresa anunciou em seu balanço a intenção de se retirar do país. O faturamento no Brasil representava menos de 2% da receita global. A marca entrou no Brasil em 1998, após comprar as operações do varejo da editora Ática.

Quando foi comprada pela Cultura, a Fnac contava com 12 lojas espalhadas pelo país e empregava 800 funcionários. A crise nesse setor evidencia o golpe sofrido pelo avanço do e-commerce, além da própria redução das vendas de livros, agravada pela turbulência econômica do país.

Protesto de funcionários da Fnac em SP
Protesto de funcionários da Fnac na livraria Cultura do Conjunto Nacional em São Paulo – 16/10/2018 (Bruno Santos/Folhapress)

(Com Estadão Conteúdo)

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