Rússia perde direito da final da Champions League; jogo será em Paris
Maior competições de clubes do mundo seria decidida no estádio de São Petersburgo, o mais caro da Copa de 2018; torneio movimenta bilhões de euros
A invasão da Rússia à Ucrânia tem efeitos em diversos negócios e chegou ao futebol. Além da proibição de magnatas russos como o dono do Chelsea, Roman Abramovich, viver na Inglaterra e a retirada de uma das maiores empresas russas do patrocínio do Shalke 04, a UEFA tirou a final da Champions League de São Petersburgo. A decisão do maior torneio de clubes no mundo será realizada em Paris em 28 de maio.
A decisão já era esperada e houve pressão pública de líderes como o primeiro-ministro britânico Boris Johnson para a mudança de sede. A perda da final representa também um duro golpe econômico, já que o evento movimenta bilhões de dólares e atrai turistas de todo mundo para assistir a decisão. A competição é transmitida para 200 países e só perde em número de expectadores para as decisões do Super Bowl, a final do futebol americano, e da Copa do Mundo da FIFA. A final de 2020, que ocorreu em Lisboa, movimentou 50 milhões de euros para a cidade-sede, isso com a venda parcial de bilhetes devido à pandemia da Covid-19. No ano passado, o jogo entre Chelsea e Manchester City, disputado em Porto, levou a campo elencos que valiam mais de 1,6 bilhão de euros, equivalente a 10 bilhões de reais.
O estádio de São Petersburgo, que ficou fora da decisão da Champions, tem capacidade para 67 mil expectadores e foi construído para a Copa do Mundo de 2018. A construção, que era estimada em 220 milhões de dólares, acabou custando mais de 1,5 bilhão de dólares, sendo o estádio mais caro da competição da Fifa.
Essa é a segunda vez que São Petersburgo perde a final da Champions. Por causa da Covid-19, a UEFA adiou as finais de 2020 e 2021, que seriam disputadas em Istambul e na cidade russa, para anos seguintes. A final de Istambul acabou não ocorrendo porque em 2021 a cidade não poderia receber público.