Fed eleva juros e sinaliza confiança no fortalecimento da economia
O banco central dos EUA indicou que a inflação deve finalmente acelerar após anos abaixo da meta de 2% e que a economia ganhou ritmo recentemente
O Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros nesta quarta-feira em 0,25%, para o patamar de 1,5% a 1,75%. O Fed projetou ao menos mais dois aumentos em 2018, sinalizando crescente confiança de que os cortes de impostos e gastos do governo vão impulsionar a economia e a inflação e levar a um aperto futuro mais agressivo.
Em seu primeiro encontro sob a presidência de Jerome Powell, o banco central dos EUA indicou que a inflação deve finalmente acelerar após anos abaixo da meta de 2% e que a economia ganhou ritmo recentemente.
Com a elevação dos juros americanos, há o risco de fuga de investimentos de mercados emergentes para os Estados Unidos – movimento que pode afetar o Brasil. A tendência é que os investidores busquem mercados que remuneram melhor suas aplicações e oferecem menos riscos, caso dos EUA.
O principal índice da bolsa paulista chegou a subir mais de 1% na tarde desta quarta-feira, acelerando os ganhos após a decisão do Fed. Às 15h36, o Ibovespa subia 0,6%, a 84.672 pontos. O giro financeiro era de 7,7 bilhões de reais.
Já o dólar aprofundou a queda ante o real após o Fed elevar a taxa de juros do país nesta quarta-feira e indicar que deve repetir o mesmo movimento apenas mais duas vezes no restante do ano. Às 15h31, o dólar recuava 0,90%, a 3,2787 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,2698 reais logo após a decisão do Fed. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1%.
O banco também revisou as previsões de crescimento para a economia americana em alta, para 2,7% neste ano, ou 0,2% a mais que o previsto em dezembro do ano passado. Para 2019, o novo cálculo é de 2,4%, três décimos percentuais acima das previsões de três meses atrás.
Em relação às previsões de desemprego, o banco central espera agora uma taxa de 3,8% para o final de 2018 e de 3,6% para o de 2019. Em dezembro do ano passado, as estimativas eram de 3,9% tanto para este ano como para o próximo.