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Ex-CEO de Renault e Nissan, Carlos Ghosn é preso novamente em Tóquio

Executivo vivia em prisão domiciliar, após ter pago fiança em 6 de março deste ano

Por da Redação
3 abr 2019, 21h22

Procuradores de Tóquio detiveram novamente o ex-CEO da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, que estava em prisão domiciliar, sob a acusação de má conduta financeira, nas primeiras horas desta quinta-feira, 4, no horário de Tóquio.

Integrantes da emissora pública NHK e outros veículos de comunicação viram os procuradores entrando na casa que Ghosn ocupa temporariamente no centro de Tóquio para prender novamente o executivo, em meio à investigação de uma nova denúncia contra ele.

Na quarta-feira, 3, circularam rumores de que os procuradores consideravam prender Ghosn no âmbito da investigação de uma quarta acusação, relacionada a uma transferência de 32 milhões de dólares para uma distribuidora das montadoras em Omã.

O executivo já enfrenta três acusações de má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.

Ghosn foi detido na capital japonesa em 19 de novembro do ano passado e ganhou liberdade após pagar uma fiança em 6 de março deste ano. Desde então, o empresário tem seus movimentos e contratos restringidos, de acordo com as condições determinadas pelo tribunal responsável por seu caso.

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O executivo usou o Twitter pela primeira vez depois que foi levado para prisão domiciliar nesta quarta-feira. Ele usou uma conta criada por seus porta-vozes para anunciar o plano de fazer uma coletiva de imprensa no dia 11 de abril.

“Estamos nos preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo. Coletiva de imprensa na quinta-feira, em 11 de abril”, tuitou em inglês e em japonês.

Renault

O Conselho de Administração da Renault decidiu retirar de seu ex-presidente, Carlos Ghosn, o grosso de seus direitos de aposentadoria e também não pagará a maior parte da remuneração variável que teria correspondido ao executivo em 2018.

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Em comunicado publicado nesta quarta-feira, 3, a companhia automobilística explicou que não pagará a Ghosn o dispositivo de previdência chamado “prestações definidas”, pelo qual ele esperava receber 765 mil euros anuais.

(Com AFP e EFE)

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