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EUA enfrentam risco de ‘estagflação’, e ‘tarifaço’ de Trump pode impulsionar preços, diz Fed

Autoridade monetária fez comentários em ata da última reunião do grupo, ocorrida entre 18 e 19 de março

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 abr 2025, 20h25 - Publicado em 9 abr 2025, 17h45

As tarifas aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra mais de uma centena de países gera um “alto grau de incerteza” sobre o potencial de derrubar os gastos com consumo dos americanos, assim como pode atingir a contratação de pessoas e os investimentos no país.

Os comentários foram feitos por participantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), órgão do Federal Reserve, o banco central americano, que decide a política monetária no país. A ata, divulgada hoje, corresponde à última reunião do grupo, realizada entre 18 e 19 de março.

Na ata, o grupo afirma que as tarifas têm um grande potencial de fazer disparar a inflação no país, o que levou a autoridade a notar um risco maior de queda no emprego e no crescimento econômico, combinado com um maior risco de inflação – um cenário de grande incerteza para as perspectivas econômicas.

A combinação entre esse enfraquecimento das condições econômicas com uma inflação forte e resistente gera o temido fenômeno conhecido como “estaginflação”. Nesse ambiente, os investimentos na economia, o mercado de trabalho e outros segmentos da indústria sofrem para crescer, enquanto são prejudicados pela alta dos preços.

“Os participantes (do Fomc) notaram que a inflação teve melhora significativa nos últimos dois anos, mas permanece elevada em relação à meta de longo prazo de 2% do Comitê”, afirma trecho do documento. “Alguns participantes observaram que os dados de inflação dos últimos dois meses deste ano estão acima do que eles esperavam.”

Ainda em relação à inflação, alguns membros do Fomc afirmaram que, nos próximos meses, pode ser “especialmente difícil” distinguir entre uma persistência maior da inflação e mudanças mais temporárias, associadas à introdução de tarifas nos Estados Unidos. “Os participantes comentaram uma série de fatores que poderiam influenciar a persistência dos efeitos das tarifas, incluindo os casos em que as tarifas são impostas a bens intermediários, que atinjam, assim, os custos dos insumos em várias fases da produção”, diz o Fomc.

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