Erros em dados econômicos colocam a prêmio cabeça de presidente do Serpro
Ministro identificou origem de erro nas informações sobre exportações brasileiras
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já identificou a origem dos erros registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos dados de crescimento econômico do país no terceiro trimestre do ano, que levaram o jornal britânico Financial Times a colocar em xeque a credibilidade das instituições brasileiras. Por isso, o ministro colocou a prêmio o cargo de Caio Mario Paes de Andrade, presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
A suspeita do ministro é de que o Serpro, que presta serviços em tecnologia da informação para os órgãos brasileiros, tenha subestimado dados sobre o fluxo de dólares advindos de exportações e índices do PIB de trimestres anteriores que refletiam a recuperação do país. Por causa das informações equivocadas, o IBGE teve que revisar para cima os dados de crescimento da economia do Brasil nos dois primeiros trimestres do ano.
Nas últimas semanas, o resultado da balança comercial foi revisado duas vezes pelo governo. O resultado foi originalmente divulgado como deficitário em 1,099 bilhão de dólares em 25 de novembro. Mas no dia 28 foi revisado para um superávit de 2,717 bilhões de dólares. De acordo com o governo, o erro aconteceu no cálculo das exportações que, antes da revisão, estavam em 9,681 bilhões de dólares. Com a mudança, elas passaram a ser de 13,498 bilhões de dólares na parcial de novembro.
Na quarta-feira, 4, o o IBGE informou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,6% entre os meses de julho, agosto e setembro. O instituto admitiu que vai rever os resultados do PIB do terceiro trimestre deste ano devido à mudança nos dados das exportações apontada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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