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Entenda a desvalorização de quase 7% do Banco do Brasil no Ibovespa

Mercado analisa com preocupação dados financeiros envolvendo o banco; boato também pode ter prejudicado o papel

Por Daniel Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2025, 19h24 - Publicado em 1 ago 2025, 18h08

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerram a sexta-feira, 1º, com desvalorização expressiva de 6,85%. A queda expressiva chamou a atenção de investidores e colocou mais foco na divulgação dos resultados pelo banco estatal. O Banco do Brasil divulga seus dados, referentes ao segundo trimestre de 2025, em 14 de agosto. Levantamento da consultoria Elos Ayata indica que o banco perdeu, em valor de mercado, 7,7 bilhões de reais no pregão de hoje, voltando ao patamar de janeiro de 2023.

Uma série de fatores podem explicar o péssimo desempenho desta sexta-feira. Primeiro, o banco vem de um primeiro trimestre de resultados considerados ruins. “O banco tirou o guidance deles de lucro porque basicamente a inadimplência subiu bastante”, indica Bruce Barbosa, que é sócio-fundador da Nord Investimentos. Com inadimplência maior, é mais difícil um banco definir qual será o lucro e tornar essa meta pública, que é o guidance mencionado pelo especialista.

O próprio Banco do Brasil informou no sumário de resultados a dificuldade em lidar com sua carteira de agronegócio, historicamente importante para a instituição financeira estatal. A carteira de agronegócios, segundo o banco, atingiu inadimplência de 3,04% no primeiro trimestre. “Apesar do cenário positivo para a safra no Brasil em 2025, com uma colheita recorde, e do elevado percentual de garantias nessa carteira, há um estoque de operações que vem sendo tratado da safra 2023/2024, inclusive por conta das recuperações judiciais do setor”, indicou o banco na oportunidade.

Bruce considerou a queda como “muito forte”. E contribuiu para a queda dados divulgados periodicamente pelo Banco Central e que mostrariam também uma queda no lucro da instituição financeira. O dado não representa – efetivamente – o lucro contábil de um banco, mas pode ser usado como uma bússola pelos agentes do mercado.

Mais cedo nesta semana, na quinta-feira, 31, o BTG Pactual emitiu relatório indicando que esse lucro em abril foi de 1,7 bilhão de reais. Então, o banco comenta que agora “esperamos que o lucro líquido atinja 5 bilhões de reais o segundo trimestre e 23,5 bilhões para o ano fiscal de 2025.

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E teve um boato envolvendo o Banco do Brasil

Para além das informações concretas, que orbitam em torno de dados claros, circulou no mercado na tarde de sexta-feira o rumor de que o banco poderia resistir a cumprir eventuais exigências impostas pela Lei Magnitsky, aplicada por Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O boato poderia atingir os demais bancos brasileiros, pois todos transacionam em dólar e precisam cumprir o que determina a lei Magnitsky sob pena de impedimento, justamente, de realizar essas transações em moeda norte-americana. Acontece que o Banco do Brasil é mais exposto pois paga o salário dos servidores federais, caso dos integrantes do STF, de acordo com análise de Bruce Barbosa.

Mas não há qualquer indicação de que isso vai acontecer, o que deixa tudo no campo restrito da especulação. A informação sobre esses rumores também foi confirmada por Daniel Teles, sócio da Valor Investimentos.

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