“Energia economizada na reciclagem de latas pode abastecer Goiás por um ano”, diz Renato Paquet

Secretário executivo da Recicla Latas conta como o Brasil se tornou referência mundial na logística reversa de latinhas

Por Diogo Schelp SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 3 jul 2025, 13h49 - Publicado em 27 jun 2025, 07h46

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Toda embalagem é reciclável. Separou a comida, separou o lixo do banheiro, todo o resto vai para a coleta seletiva. E não precisa lavar ou enxaguar as embalagens, pois a indústria vai fazer esse processo de qualquer jeito. Essas e outras dicas sobre como separar corretamente o lixo reciclável são apresentadas por Renato Paquet, secretário-executivo do Recicla Latas, a entidade gestora de reciclagem de latas de alumínio no Brasil.

Paquet também conta como o Brasil se tornou referência mundial na logística reversa de latinhas. Mais de 95% retorna ao mercado na forma de novas latas, um índice que a indústria deve manter em compromisso firmado com o Ministério do Meio Ambiente. Dessa forma, o setor de economia circular contribui para atingir as metas climáticas do Acordo de Paris e para sua implementação, que vai ser discutica na COP30, em Belém (PA), em novembro. Isso porque a reciclagem de uma latinha representa uma economia de 95% da energia necessária para produzir uma embalagem nova de alumínio. “Só no ano passado, o Brasil reciclou 395.000 toneladas de latinhas, gerando uma economia de energia suficiente para abastecer o consumo doméstico de eletricidade do estado de Goiás durante um ano”, diz Paquet.

Em entrevista ao VEJA+Verde, o secretário-executivo do Recicla Latas também explica os motivos para o Brasil ainda estar tão atrasado na reciclagem de outros materiais, como plástico, vidro e papel, cujo índice está na casa dos 3%, apenas, e sobre a importância dos catadores e das cooperativas nesse setor.

O Veja+Verde, conduzido pelo editor Diogo Schelp, traz empresários, personalidades, gestores públicos e especialistas para apresentar suas visões e soluções sobre um dos maiores desafios para a sobrevivência da humanidade: conciliar desenvolvimento econômico e social com preservação do meio ambiente.

Em sua primeira temporada, o Veja+Verde tem como principal mote as discussões que serão levadas por governos, empresas e organizações ambientais para a COP30.

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