A Embraer (EMBR3) divulgou nesta terça-feira (04) o balanço referente ao terceiro trimestre de 2025, reportando lucro líquido de 289,4 milhões de reais. O resultado representa uma queda expressiva em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a companhia havia registrado 1,22 bilhão de reais em lucro.

O Ebitda, indicador que avalia o desempenho operacional da empresa, totalizou 1,27 bilhão de reais, ficando abaixo do desempenho obtido no terceiro trimestre de 2024. A margem Ebitda ajustada recuou para 11,7%, enquanto no mesmo período do ano passado havia atingido 21,1%, sinalizando uma desaceleração na rentabilidade da operação.

O Ebit ajustado (lucro antes de juros e impostos) também apresentou retração, somando 927,2 milhões de reais no trimestre, bem abaixo dos 1,64 bilhão registrados no 3T24. A margem Ebit ajustada, por sua vez, caiu para 8,5%, ante os 17,6% observados no ano anterior.

De acordo com a Embraer, a queda no desempenho foi influenciada, principalmente, por resultados mais fracos nas áreas de Aviação Executiva e de Serviços & Suporte, que registraram menor contribuição operacional neste trimestre.

Entregas da Embraer

Durante o terceiro trimestre de 2025, a Embraer realizou a entrega de 62 aeronaves, número 5% superior às 59 entregues no mesmo período do ano passado. Do total, foram 20 jatos comerciais, sendo 13 modelos E2 e 7 E1, 41 jatos executivos (23 leves e 18 médios) e uma aeronave de defesa (KC-390 Millennium).

A carteira de pedidos firmes atingiu um novo recorde, alcançando 31,3 bilhões de dólares, o que representa aumento de 5% em relação ao trimestre anterior e de 38% na comparação com 2024. O avanço foi registrado em todas as divisões da companhia: Aviação Executiva (+65%), Serviços & Suporte (+40%), Aviação Comercial (+37%) e Defesa (+8%).

Investimentos e guidance

Os investimentos totais da Embraer somaram 835,7 milhões de reais no período. Desse montante, 575,3 milhões foram aplicados diretamente pela Embraer e 260,4 milhões pela Eve Air Mobility, subsidiária dedicada à mobilidade aérea urbana. O valor inclui capex, despesas de pesquisa e desenvolvimento, além de adições a ativos intangíveis.

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