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Em que ponto estamos: entenda tudo sobre as tarifas recíprocas de Trump

Presidente americano iniciou uma guerra comercial com o mundo marcada por idas e vindas e relações cada vez mais estremecidas com a China

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 abr 2025, 19h59 - Publicado em 11 abr 2025, 16h10

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma guerra comercial com o mundo no último dia 2 ao aplicar tarifas adicionais de 10% para todos os países (em vigor desde o dia 5), além de tarifas ainda mais altas para aqueles que desfrutam de superávit nas trocas bilaterais com os americanos (que deveria entrar em vigor no dia 9). Essa segunda parte do tarifaço foi suspensa temporariamente, exceto para a China, o maior alvo de Trump. 

Movido pelas seguidas retaliações promovidas pelo gigante asiático desde a imposição da primeira tarifa, Trump vem escalando o tom das decisões impostas à China, na tentativa de forçar o país a recuar e a ceder aos seus objetivos: basicamente, adotar algum tipo de medida para equilibrar a balança comercial com os Estados Unidos. A China vem adotando uma postura dura, declarando que não vai retroceder e que “lutará até o fim” para garantir sua soberania nesse debate.

Os europeus também adotaram uma postura de enfrentamento às políticas de Trump. Na mesma quarta-feira 9, em que as tarifas americanas começaram a valer, a União Europeia aprovou um primeiro pacote de medidas retaliatórias, com a cobrança de 25% sobre diversos produtos americanos. Na quinta-feira 10, a aplicação foi suspensa.

A cronologia da escalada tarifária com a China começou antes mesmo do “Dia da Libertação”, como Trump passou a chamar a fatídica data do anúncio do tarifaço. Primeiro, em fevereiro, houve a imposição de uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses, logo elevada para 20% em março, aos quais se somaram 34% aplicados no dia 2 com a classificação de “tarifa recíproca”, totalizando 54%. 

Na quarta-feira 9, Trump decidiu aplicar uma tarifa adicional de 50%, chegando, então, à marca de 104%. Uma nova alta das tarifas, para 125%, foi anunciada pelo governo americano, que no dia seguinte esclareceu que essa proporção se somava aos 20% anunciados em março. Ou seja, o imposto de importação total para a China passou a ser de 145%.

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Enquanto isso, Trump suspendeu por 90 dias a aplicação das tarifas recíprocas para outros países específicos, que passaram a pagar “apenas” os 10% de tarifa mínima adicional — como já era o caso para o Brasil.  

A China, por sua vez, depois de seguidos aumentos de suas próprias tarifas contra produtos americanos, chegou à marca de 84%, substituindo os 34% que havia aplicado no dia 3 em resposta ao anúncio do tarifaço de Trump. Nesta sexta-feira 11, a China elevou mais uma vez a taxa aplicada a produtos americanos, dessa vez para 125%, em mais um movimento que demonstra que os asiáticos não pretendem recuar.

Além da disputa que agora se concentra entre Estados Unidos e China, outros países e alguns setores exportadores específicos já foram alvo direto do protecionismo de Trump. Em fevereiro, por exemplo, anunciou uma taxa adicional de 25% sobre as importações do México e do Canadá. Essa taxação sobre os países vizinhos foi suspensa temporariamente para alguns produtos. 

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Também em fevereiro, Trump anunciou um imposto de importação adicional de 25% sobre aço e alumínio. E, em fevereiro, estabeleceu também uma taxa de 25% sobre automóveis e autopeças, com entrada em vigor em abril. 

Não há sinais de que a escalada tarifária tenha terminado. E, nos próximos dias, os países que inicialmente tinham recebido taxas superiores a 10% vão correr para negociar uma exceção com os Estados Unidos. A China também diz que está aberta a negociar.

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