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Em ano de pandemia, PIB brasileiro tem queda recorde de 4,1%

Com forte recuo no segundo semestre, país retomou mês a mês e desempenho foi melhor que o estimado por economistas e governo no início da crise

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 mar 2021, 09h01 • Atualizado em 18 mar 2021, 20h07
  • Há um ano, as primeiras confirmações de casos do novo coronavírus no Brasil tiveram como efeito preocupação generalizada sobre os efeitos do então desconhecido. Em outros países, onde a doença chegou primeiro, a primeira forma de prevenção o distanciamento social — ou seja, fechamento de algumas atividades e menos circulação de dinheiro. O cenário assustador trazia dúvidas sobre os efeitos da pandemia na economiado do Brasil, que vinha a passos lentos de recuperação após a crise interna de 2015 e 2016. Pois bem, o Produto Interno Bruto do Brasil recuou 4,1% em 2020. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 3.

    PIB do Brasil

    É o maior recuo anual da série iniciada em 1996. Essa queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. Recorde a parte, a queda mostra um impacto inferior do que era esperado no início da pandemia. O FMI, por exemplo, chegou a projetar um tombo de mais de 9% no PIB Brasileiro, mas ao fim do ano esperava recuo de 4,5%. O mercado brasileiro esperava queda de 4,37% na economia em 2020. 

    “Quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, analisa a coordenadora de Contas Nacionais, Rebeca Palis.

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    O efeito devastador do vírus, que colocou sistemas de saúde a beira do colapso total e ceifou milhares de vidas brasileiras, na economia mostrou seu principal impacto no primeiro semestre e, desde então, há um movimento de recuperação. Por ser desconhecido, governadores e prefeitos adotaram as medidas de distanciamento vista em outros locais do mundo. Sem lockdown, mas com atividades não essenciais fechadas, o setor de serviços, que representa 70% do PIB, sentiu o impacto e desencadeou quedas em toda a cadeia brasileira: indústria, investimentos, gastos das famílias, entre outros. O resultado na economia foi a queda de 9,7% do PIB, no segundo trimestre.

    Conforme os meses foram passando, atividades voltaram a abrir. Na companhia de máscara, álcool em gel e termômetro, a injeção de dinheiro do auxílio emergencial. O programa do governo federal, que pagou cinco parcelas de 600 reais a trabalhadores informais e complemento de 300 reais até o fim do ano, injetou dinheiro na economia e aumentou o consumo das famílias. Nessa esteira, da retomada e dos benefícios engendrados, houve recuperação de 7,7% no terceiro trimestre e 3,2% no quarto.

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    Gastos Pós-pandemia

    O grau da queda como um todo, apesar do resultado ser melhor que o estimado, mostra a importância de seguir o caminho de austeridade de gastos no pós-pandemia e foco na geração de empregos para que haja uma retomada sustentável, além, claro, de investir em uma vacinação ampla para que as atividades possam reabrir com segurança e voltar a girar a roda da economia a pleno vapor. No momento, o clima é de incerteza. Com a alta dos casos, percalços na vacinação e sobre como se dará a retomada da economia brasileira. A PEC Emergencial, contrapartida fiscal exigida para a volta do auxílio emergencial foi bastante desidratada, e ao invés de ser um gatilho para a retomada da agenda econômica, pode aumentar ainda mais o risco fiscal do país. Com o novo aumento de casos, um plano de ação para evitar colapso na saúde e na economia é necessário, mas o caminho de longo prazo não deve ser abandonado.

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