Dólar tem baixa após Fed indicar terceira alta de juros em 2017
A moeda americana recuou 0,21%, a R$ 3,1294 reais na venda, após divulgação do banco central dos EUA de que pretende subir sua taxa de juros novamente
O dólar terminou a quarta-feira com pequena baixa ante o real após o Federal Reserve – o banco central americano – sinalizar no comunicado de seu encontro de política monetária que ainda espera uma nova alta de juros nos Estados Unidos neste ano. A elevação nos juros seria a terceira em 2017, se confirmada.
A moeda americana recuou 0,21%, a 3,1294 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,1141 reais. Na máxima, após o Fed, atingiu 3,1403 reais. “O mercado estava vendo o Fed mais cauteloso e ele diluiu o gradualismo”, justificou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
O banco central dos Estados Unidos manteve a taxa de juros inalterada entre 1,00% e 1,25%, mas onze dos dezesseis membros acreditam que o nível apropriado seria 0,25 ponto acima até o fim do ano, entre 1,25% e 1,50%. Juros mais elevados tendem a atrair aos Estados Unidos recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira, fazendo a cotação do dólar subir.
A autoridade monetária também confirmou que começará no mês que vem a reduzir seu balanço patrimonial, como esperado, cortando inicialmente até 10 bilhões de dólares a cada mês do volume de títulos a vencer que reinveste. O balanço soma atualmente 4,2 trilhões de dólares.
Outros fatores
Internamente, os investidores também trabalharam de olho no Supremo Tribunal Federal (STF), que decide nesta quarta-feira a possibilidade de “travar” a denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer.
O BC vendeu integralmente a oferta de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional –equivalentes à venda futura de dólares– no leilão para rolagem do vencimento de outubro. Desta forma, até agora já foram rolados 2,4 bilhões de dólares do total de 9,975 bilhões de dólares que vencem no mês que vem. A maior oferta de dólares no mercado pressiona a cotação para baixo.
(Com Reuters)