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Dólar sobe pelo 3º dia consecutivo com sinais opostos vindos dos EUA

Apesar das preocupações inflacionárias geradas pela guerra comercial, o índice de preços, o PCE, veio dentro da expectativa

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2025, 13h18 - Publicado em 28 mar 2025, 12h02

O dólar registra alta pelo terceiro dia consecutivo. A moeda americana era cotada a R$ 5,76 às 11h30, impulsionada pelas incertezas geradas pela política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou ontem uma tarifa de 25% sobre todos os carros não fabricados em solo americano. Na próxima semana, em 2 de abril, entram em vigor as tarifas recíprocas, aumentando o clima de cautela no mercado e favorecendo a busca por proteção, o que contribui para a valorização do dólar.

Apesar das preocupações inflacionárias geradas pelo maior protecionismo, o índice de inflação (PCE) veio em linha com as previsões, com a inflação anual acumulando alta de 2,5% em fevereiro. A economia americana tem trazido sinais opostos, com mercado de trabalho ainda forte, consumo resiliente e inflação em linha, desafiando as expectativas.“O quadro de estabilidade na economia americana continua mostrando resiliência. Até quando é a pergunta que todos gostariam de responder no momento”, diz Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.  Esse é o cenário oposto ao esperado com o aumento das tensões comerciais, mas especialistas já veem dificuldade do páis de completar a já proverbial “última milha” no processo de desinflação. “O que mais chama a atenção é que a resistência na dinâmica inflacionária ocorre mesmo antes de qualquer impacto potencial das tarifas sobre importação”, diz  Igliori.

A queda nos preços das commodities também contribui para desvalorizar o real frente ao dólar, mantendo o câmbio pressionado. O minério de ferro e o petróleo estão sendo negociados em baixa, o que ajuda a explicar, em parte, as perdas do Ibovespa. O principal índice da B3 recuava para 132 mil pontos no meio do dia, indicando que, após uma semana de fortes ganhos, o mercado pode estar em um movimento de correção.

No cenário doméstico, o mercado reage ao aumento da taxa de desemprego, que subiu para 6,8% em fevereiro, ainda assim, se mantém 1 ponto percentual abaixo do mesmo período do ano anterior. Outro ponto de atenção é a indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o Conselho Fiscal da Eletrobras, o que faz as ações da companhia caírem mais de 1%.

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