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Dólar sobe e Ibovespa cai com embate entre China e EUA e queda das commodities

Governo americano confirma tarifas totais de 104% para China; bolsa brasileira continua em declínio sem ajuda de commodities importantes

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 abr 2025, 18h29 - Publicado em 8 abr 2025, 17h52

Depois de uma relativa trégua no início do dia, os investidores no Brasil deram sequência ao movimento de fuga de ativos de risco iniciado desde a imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e puxaram mais uma uma alta do dólar em relação ao real e a queda da bolsa de valores.

No fim dos negócios, o dólar fechou em alta forte de 1,47%, cotado a R$ 5,997, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou baixa de 1,32%, aos 123.931 pontos, ainda em clima de grande receio no mercado.

Fora do Brasil, as atenções dos investidores em relação ao “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuam girando em torno de um adversário de longa data do país: a China. Primeiramente, o republicano havia afirmado que os produtos chineses importados pelos Estados Unidos teriam uma taxa de 34%. Em seguida, o país asiático fez o que prometeu e retaliou da mesma maneira, aplicando o mesmo percentual aos produtos americanos importados pela China.

Na noite passada, Trump anunciou uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses, o que fez o Ministério do Comércio da China se manifestar e dizer que, se a medida se concretizar, “a China tomará contramedidas para salvaguardar seus próprios direitos e interesses”.

Nesta tarde, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou em entrevista à Fox Business que as taxações adicionais entrarão em vigor nesta quarta-feira 9, o que faz com que as tarifas de importação para a China se somem e atinjam 104%. Agora, o mercado aguarda com incertezas e dúvidas uma possível nova reação do país asiático em meio à batalha.

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Nas bolsas americanas, a cena ainda é de desânimo. O S&P 500 fechou em queda de 1,68%, enquanto o Nasdaq seguiu na mesma direção e registrou uma forte baixa de 2% no fim do pregão.

No Japão, onde a bolsa teve de acionar, na madrugada de ontem, o circuit breaker — ferramenta que interrompe as negociações após perdas de mais de 10% —, o cenário é levemente melhor. Os índices de Tóquio tiveram ganhos de aproximadamente 6% no pregão de hoje, o que pode significar uma possível vantagem japonesa na fila de negociações com os americanos.

No Brasil, a bolsa continua em declínio, apesar de ter dado um pequeno alívio ao longo do dia. O petróleo, uma das principais commodities para o mercado brasileiro, continua registrando perdas, com efeito direto sobre grandes companhias. Os papéis da estatal Petrobras fecharam em queda de 3,47%.

O minério de ferro, por sua vez, teve baixa diária de 1,74%, em dia em que a Vale encerrou com perdas fortes de 5,23%, ainda na expectativa dos impactos da guerra comercial envolvendo em especial a China.

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