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Dólar recua para R$ 6,16, menor valor em dez dias

Na máxima do dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 6,35, mas encerrou o primeiro pregão do ano a R$ 6,16, o menor valor desde o dia 20 de dezembro

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jan 2025, 19h48 - Publicado em 2 jan 2025, 17h04

O mercado cambial iniciou 2025 com o mesmo tom instável que marcou o encerramento de 2024, com o dólar exibindo forte volatilidade. Após uma abertura positiva, a moeda americana perdeu força, recuando frente ao real. Na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 6,35, mas encerrou o primeiro pregão do ano a R$ 6,16, o menor valor desde o dia 20 de dezembro do ano anterior, quando fechou a R$ 6,08.

Embora o recuo tenha aliviado temporariamente, a cotação superior a R$ 6 ainda gera inquietação, especialmente devido ao impacto persistente sobre a inflação. “O dólar continuará a oscilar com base nos fluxos de notícias e nos dados econômicos, mas, como sempre, sua trajetória está atrelada à força das economias”, observa Diego Costa, chefe de câmbio da B&T Câmbio. Para o Brasil, a solução para os problemas fiscais será o primeiro passo indispensável para garantir uma valorização sustentada do real. “O desafio é ainda maior em um ano eleitoral, quando os gastos públicos tendem a crescer, aumentando a pressão sobre a política fiscal para equilibrar as expectativas”, diz Costa.

Outros fatores que mantêm os investidores em alerta incluem a posse de Galípolo no Banco Central, que traz expectativas de mudanças na política monetária brasileira. No cenário internacional, o retorno de Donald Trump à Casa Branca, com sua posse em 20 de janeiro, também está gerando grande apreensão. A política protecionista prometida por Trump, com seu impacto potencial sobre a inflação, poderia reverter os cortes de juros nos EUA ou até mesmo resultar em novas altas, o que fortaleceria ainda mais o dólar e aprofundaria a volatilidade cambial global.

No cenário doméstico, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, lutou para se sustentar nos 120 mil pontos. A pressão veio de preocupações fiscais internas. Enquanto isso, no exterior, os treasuries americanos avançaram, impulsionados pela queda nas solicitações de seguro-desemprego e pela superação das expectativas no PMI industrial dos EUA, que indicou resiliência na economia americana. O cenário externo, em especial dos índice americanos, e a valorização das commodities ajudaram o índice a não aprofundar as perdas após ter inciado o dia abaixo dos 120 mil pontos.

“Este ano traz um adicional de expectativa para os mercados: as sete ‘super quartas’, com decisões simultâneas dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos”, explica Costa. Essas decisões têm o potencial de causar movimentos significativos nos mercados financeiros globais, dada a importância das políticas monetárias dos dois países. Para o Brasil, a manutenção da taxa Selic e as futuras medidas fiscais estarão no centro das atenções.

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