Dólar recua e tem menor cotação em nove meses; Ibovespa fecha em alta
Caged, dívida do setor público e Boletim Focus aliviam último pregão do mês

Nesta segunda-feira, 30, o dólar encerrou em baixa de 0,91%, cotado a 5,43 reais, menor cotação desde setembro de 2024, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 1,45% no fechamento de mercado, aos 138.854 pontos. No último pregão do semestre, os negócios se movimentaram em meio aos dados macroeconômicos divulgados hoje no Brasil e de olho no payroll nos Estados Unidos, que sairá na quinta-feira, 3. No acumulado de junho, o Ibovespa teve uma alta de 1,05%.
No cenário doméstico, as atenções se voltaram ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que mostrou que o país gerou mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada no acumulado entre janeiro e maio. Em maio, o número total de vagas abertas foi de 148.992, um aumento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi de 139.557 vagas. Os dados confirmam que o mercado de trabalho brasileiro continua aquecido.
Outro indicador importante foi a dívida bruta do setor público consolidado, que inclui o governo federal, estatais, estados e municípios. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, houve um déficit primário de 33,7 bilhões de reais em maio, ante um superávit de 14,1 bilhões em abril. Por outro lado, no acumulado do ano até maio, o quadro é mais positivo. O setor público, como um todo, apresenta superávit de 69,1 bilhões de reais, de acordo com o BC.
A isso se soma o Boletim Focus da semana, que recuou, mais uma vez, a projeção da inflação para 2025. Segundo economistas consultados pelo BC, o IPCA deve encerrar o ano a 5,20%, ante os de 5,24% esperados na semana passada.
No exterior, a agenda econômica é fraca. Os investidores operam em meio a uma semana mais curta, já que as bolsas estarão fechadas nos Estados Unidos devido ao feriado do Dia da Independência nesta sexta-feira. O foco estará na divulgação do payroll, o relatório de emprego do país, que sairá na quinta-feira, e no fim do período de negociações relacionadas à guerra comercial travada pelo presidente Donald Trump.
Sem pactos com os países, as tarifas devem voltar a vigorar em 9 de julho. No entanto, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicou que haverá uma série de acordos comerciais na semana final antes do prazo para uma possível trégua tarifária. O anúncio aumenta o apetite ao risco dos investidores.
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