Dólar recua e Ibovespa avança de olho em flexibilizações na guerra comercial
Republicano anuncia isenção de tarifas para eletrônicos chineses e adia em 90 dias início de 'tarifaço'

Nesta segunda-feira de recuperação nos índices de moedas e ações, o dólar fechou em baixa de 0,34%, cotado a 5,85 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 1,39% no fim do pregão, atingindo os 129.453 pontos. Os negócios operaram de olho em mais recuos de Donald Trump em relação ao seu “tarifaço”, o que alivia a guerra comercial travada pelo republicano contra outros países.
No mercado internacional, as atenções estão voltadas à nova decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda em relação às tarifas recíprocas. No último sábado, dia 12, o republicano anunciou que eletrônicos – como smartphones, monitores, semicondutores, cartões de memória e componentes diversos – estarão isentos das tarifas totais de 145% impostas à China.
O país asiático é o principal fabricante e exportador de eletrônicos no mundo, o que faz da medida de isentá-los um respiro na guerra comercial travada por Trump, diminuindo a aversão ao risco por parte dos investidores. Em resposta, todos os principais índices das bolsas chinesas fecharam o pregão de hoje em alta.
Além da isenção de eletrônicos, o governo americano decidiu adiar em 90 dias a entrada em vigor do tarifaço, o que abriu espaço para negociações com os países atingidos pelas barreiras comerciais. A União Europeia (UE) retribuiu o adiamento e congelou suas medidas retaliatórias contra os EUA até o dia 14 de julho. A medida foi anunciada nesta tarde pela Comissão Europeia. Agora, o mercado aguarda novidades em relação às negociações entre as duas potências.
No cenário doméstico, o destaque do dia foi a divulgação do Boletim Focus. Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram as previsões de 5,65% para a inflação deste ano – pela terceira semana consecutiva – e revisaram para cima as estimativas para o PIB, que deve ter uma expansão de 1,98% em 2025.
A bolsa brasileira também é impulsionada para cima com a ajuda da Vale, uma das companhias mais influentes para os negócios. No fim do pregão, a mineradora registrou avanço de 1,38%.