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Dólar cai e retoma os R$ 3,82 com sinalização de juros estáveis nos EUA

Ibovespa tem queda de 0,35% com decisão do governo de pagar aproximadamente 34 bi de reais à Petrobras por cessão onerosa

Por Clara Valdiviezo Atualizado em 4 jun 2024, 16h36 - Publicado em 10 abr 2019, 18h24

Com sinalizações de estabilidade na taxa de juros norte-americana e de andamento da reforma da Previdência, o dólar fechou com queda de 0,78% nesta quarta-feira, 10, cotado a 3,82 reais – seu menor valor em vinte dias.

Foi divulgada, nesta quarta-feira, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Researve, banco central dos Estados Unidos. A leitura do mercado é que o Fed reforçou a ideia de juros estáveis por sinalizar a recuperação sazonal econômica e a inflação baixa, segundo Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos.

“O Fed é como um aspirador: se ele aumenta os juros, a oferta de moeda no mercado cai e o valor do dólar sobe; se os juros ficam estáveis, a moeda não é sugada e seu valor também se estabiliza”, afirma o analista.

Além disso, na noite de terça-feira, 9, o relator da reforma da Previdência, o deputado delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), votou pela admissibilidade total da Proposta de Emenda à Constituição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. É o sinal verde para que o texto avance à comissão especial, que discutirá o mérito da proposta.

Com o andamento das novas leis da aposentadoria, os investidores estrangeiros confiam mais no país, segundo Salomão.

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Mercado de ações

Apesar do parecer positivo do relator da reforma da Previdência, que sinalizaria valorização do mercado acionário, o Ibovespa teve queda de 0,35% nesta quarta-feira, 10. O pregão foi encerrado aos 95.953,45 pontos. O índice foi influenciado pela decisão do governo de pagar 9,058 bilhões de dólares (aproximadamente 33 bilhões de reais) à Petrobras.   

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o valor a ser pago à estatal como parte da conclusão da renegociação do contrato da chamada cessão onerosa com a empresa.

Com dificuldades fiscais, o governo deverá usar parte dos recursos arrecadados com o leilão do excedente que cabe à União na cessão onerosa, previsto para 28 de outubro, para pagar os montantes da renegociação à Petrobras, o que desagradou ao mercado, segundo Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

“Para o governo, que tem a pauta baseada na reforma, que quer aumentar a arrecadação fiscal, não faz muito sentido esse gasto”, afirmou Arbetman.

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