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Dívida bruta do governo chega a 77,7% do PIB em novembro, o equivalente a R$ 9,1 trilhões

Aumento da Selic contribuiu para elevar a proporção da dívida bruta sobre o PIB em 6,9 pontos percentuais no acumulado do ano

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 dez 2024, 10h08

A dívida bruta do governo geral (DBGG), que abrange o governo federal, Previdência Social, estados e municípios, somou 9,1 trilhões de reais em novembro. O montante corresponde a 77,7% do produto interno bruto (PIB), segundo relatório divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira 30. Na comparação com outubro, quando representava 77,8% do PIB, houve recuo de 0,1 ponto percentual.

De acordo com o BC, os fatores que ajudaram no recuo foram o crescimento do PIB, que ajudou a abater 0,6 ponto percentual, e o pagamento líquido da dívida, que cortou outro 0,3 p.p. Em compensação, os fatores que pressionaram negativamente a dívida foram o aumento dos juros nominais apropriados, que somaram 0,7 p.p., e a desvalorização cambial, com outro 0,2 p.p.

No acumulado do ano até novembro, a proporção da dívida bruta sobre o PIB cresceu 3,9 pontos percentuais. A expansão foi puxada pela incorporação de juros nominais (6,9 pontos percentuais), pela emissão líquida de dívida (0,7 p.p.), pela disparada do dólar (0,9 p.p.), e pelo reconhecimento de novas dívidas (0,2 p.p.). O único fator positivo para compensar essas pressões foi o crescimento do PIB nominal, que abateu 4,7 pontos percentuais da conta.

O BC também informou hoje que a dívida líquida do setor público (DLSP), que considera a capacidade de geração de receita dos entes federados, encerrou novembro em 7,2 trilhões de reais, o equivalente a 61,2% do PIB. Na comparação com outubro, a DLSP recuou 0,3 ponto percentual do PIB. Os fatores que contribuíram para reduzir essa proporção foram a desvalorização cambial de 4,8% no mês passado, que retirou 0,6 p.p., e o aumento do PIB nominal, que cortou mais 0,5 p.p. da conta. Na direção oposta, os juros nominais apropriados e o déficit primário elevaram a DSLP em 0,8 p.p. e 0,1 p.p. respectivamente.

No acumulado do ano até novembro, a dívida líquida como proporção do PIB cresceu 0,8 p.p., puxada pelo aumento da Selic, que contribuiu com 7,3 pontos percentuais, pelo déficit primário (0,5 p.p.), e pelo reconhecimento de dívidas (0,2 p.p.). Do outro lado, os elementos que ajudaram a aliviar a pressão da DSLP foram a desvalorização cambial de 25% acumulada até novembro, que retirou 2,7 p.p., o aumento do PIB nominal (-3,9 p.p.), os ajustes da dívida externa líquida (-0,4 p.p.) e as privatizações (-0,3 p.p.).

O déficit primário do setor público em novembro foi de 6,6 bilhões de reais, segundo o mesmo relatório divulgado pelo BC nesta segunda-feira 30. O setor público abrange o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), estados, municípios e estatais.

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