Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Diretores afastados recorrem de intervenção no fundo dos Correios

Os bens dos diretores afastados estão bloqueados; intervenção foi decretada por 180 dias

Por Fabiana Futema Atualizado em 5 out 2017, 13h25 - Publicado em 5 out 2017, 13h07

Os diretores afastados do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, recorreram da intervenção decretada ontem pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). O diretor-presidente, Christian Scheineder, e o diretor-financeiro, Luiz Alberto Menezes Barreto, alegam no recurso que não foram informados sobre o motivo que levou à intervenção de 180 dias.

No recurso a que VEJA teve acesso, os diretores dizem que tiveram seus bens bloqueados enquanto ‘agiam em prol da recuperação financeira da entidade’.

Caso a intervenção não seja suspensa, Scheineder e Barreto pedem a substituição dessa medida por outra menos drástica, o regime de administração especial temporária (Raet). “Seria possível manter o cargo dos membros estatutários e não se decretar a indisponibilidade dos bens. […] Ao mesmo tempo, estaria se garantindo um maior controle e supervisão dos atos da gestão do Postalis, o que só podemos presumir, por ora, que seja o objetivo desta intervenção”, afirma o recurso.

No documento, os executivos questionam ainda o fato de Scheineder ter sido confirmado no cargo de presidente há uma semana pela Previc. “Ora, se a situação da entidade fosse tão grave a ponto de demandar um ato de força do tamanho desta intervenção, o princípio da moralidade ou mesmo a própria lógica/razoabilidade imporia e justificaria a não-habilitação dos dirigentes da entidade.”

Procurado pela reportagem, a Previc ainda não se manifestou sobre o recurso dos dirigentes afastados do Postalis. O fundo de pensão tem cerca de 140 mil participantes, entre ativos e aposentados.

Continua após a publicidade

Em entrevista a VEJA em setembro, Christian Schneider, então presidente do Postalis, disse que o déficit estava concentrando nos planos de benefício definido – aquele em que a pessoa contribui sabendo quanto vai receber. Desde 2008 já não é mais possível aderir a esse tipo de plano.

Para equacionar o déficit desses planos, Schneider afirmou que os contribuintes vinham pagando uma parcela adicional de equacionamento de 17,92% referente ao desempenho negativo de 2012, 2013 e 2014. Para equilibrar o déficit de 2015, os participantes teriam de pagar um adicional de mais 2,73% sobre o valor do benefício. O adicional deve se pago por mais de 20 anos pelos participantes.

Na ocasião, Schneider atribuiu o déficit do plano a uma série de fatores, como decisões equivocadas de investimento feitas por uma empresa contratada pela gestão anterior. Ele disse que o Postalis estava acionando essa empresa na Justiça para recuperar parte das perdas.

“Déficit está relacionado ao desempenho da economia, alguns ativos, que podiam ser bons ativos, acabaram não performando. Houve má gestão por parte administrador fiduciário e dos gestores escolhidos. E também tivemos investimentos feitos contra as regras de boa governança, sem garantias ou com garantias mal construídas”, afirmou ele em setembro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.