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Desemprego fica em 12,5% em abril e atinge 13,2 milhões de pessoas

Total de pessoas subutilizadas chega a 28,4 milhões, maior número da série histórica da Pnad, iniciada em 2012

Por Redação
Atualizado em 31 Maio 2019, 14h41 - Publicado em 31 Maio 2019, 09h55

O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 12,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de trabalho atinge 13,2 milhões de brasileiros. O resultado ficou dentro das expectativas de analistas, que esperavam uma taxa entre 12,3% e 12,8%.

O índice representa um recuo em relação à taxa de 12,7% registrada no trimestre encerrado em março. O número também é inferior ao observado no trimestre encerrado em abril de 2018, de 12,9%. “O mercado de trabalho deu um resposta. Você tem um mercado que aumenta o número de vagas e estanca o aumento de desempregados. Mas, por outro lado, você tem recordes negativos”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

A renda média real do trabalhador chegou a 2.295 reais nos três meses até abril, enquanto no primeiro trimestre foi de 2.304 reais e no mesmo período de 2018, de 2.281 reais.

O período foi marcado por aumento da ocupação, com o total de pessoas ocupadas subindo a 92,4 milhões entre fevereiro e abril, de 91,9 milhões no trimestre até março e 90,4 milhões no mesmo período do ano passado.

Entretanto, o contingente de pessoas subutilizadas foi ao nível recorde da série histórica iniciada em 2012, com 28,4 milhões de pessoas. Os subutilizados incluem desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais horas, as que gostariam de trabalhar, mas têm algum impedimento, e os desalentados. Os subutilizados apenas por insuficiência de horas de trabalho também chegaram a um nível recorde no período, de 7 milhões de pessoas.

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O número de desalentados, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, segue também em nível recorde no país, chegando a 4,9 milhões no trimestre até abril, de 4,8 milhões nos três primeiros meses do ano. “Se você fizer o foco na subutilização, temos que dizer que a situação do mercado é negativa, com subutlização e desalento. Mas, por outro lado, em abril houve um movimento de resposta do mercado”, afirmou Azevedo.

A fragilidade do mercado de trabalho é resultado de uma economia debilitada, que no primeiro trimestre encolheu 0,2% sobre os três meses anteriores, na primeira queda trimestral desde o fim de 2016.  No trimestre até abril, 33,1 milhões de pessoas tinham emprego com carteira assinada no setor privado, uma alta de 1,5% sobre o mesmo período de 2018. Enquanto isso, o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado aumentou 3,4%, para 11,2 milhões.

Dados do Ministério da Economia mostraram que o Brasil registrou criação líquida de 129.601 vagas formais de emprego em abril, no melhor resultado para o mês desde 2013.

(Com Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Reuters)

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