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Desde o Plano Real, inflação passou 65% do tempo acima dos 5%

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que "inflação em torno de 4% e 5% é relativamente normal" para o histórico do Brasil

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2025, 14h24 - Publicado em 17 fev 2025, 13h03

Desde que a hiperinflação foi controlada pelo Plano Real, em 1994, o IPCA, índice oficial de preços do Brasil, passou a maior parte do tempo acima dos 5%. Entre o começo do real, em julho de 1994, e janeiro de 2025, último mês completo, passaram-se 367 meses. Destes, em 239 o IPCA foi superior a 5%, ou o equivalente a 65% do período todo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em um evento internacional nesta segunda-feira 17 que “uma inflação em torno de 4% a 5% é relativamente normal para o Brasil desde o Plano Real”. O IPCA atualmente está em 4,56%. Os números indicam que uma inflação nessa banda, de fato, é relativamente baixa para os padrões brasileiros. Não são fiança, entretanto, de que esse é o ideal.

A meta de inflação para o país foi, na maior parte dos anos 2000 e 2010, de 4,5% e hoje é ainda menor, de 3%, com uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5% — o que significa que estar perto ou acima de 5% é um resultado fora das referências que o próprio país decidiu perseguir.

Além disso, analistas e economistas projetam uma inflação da ordem de 5,6% até o fim deste ano, de acordo com o Boletim Focus, a pesquisa semanal do Banco Central com as projeções de mercado. Ou seja, a variação média dos preços deve não só piorar em relação ao que está hoje como, também, escapar mais uma vez da margem de “normalidade” classificada pelo próprio ministro. Se confirmado o resultado até dezembro, será também o quarto ano dos últimos cinco em que o país encerra o ano estourando o teto de tolerância da meta de inflação, de 4,5% atualmente.

Desde o início do Plano Real, o IPCA passou 64 dos 357 meses entre 4% e 5%, e outros 64 meses abaixo dos 4%, o equivalente a 17% do tempo nos dois casos. Um levantamento recente feito por VEJA mostrou que conseguir se ater à meta, em meio a uma suscetibilidade grande a choques constantes de preços e de câmbio, é uma dificuldade crônica do Brasil: dos 307 meses desde o início do regime de metas para a inflação no país, em 1999, o IPCA passou 113, ou um terço do tempo, acima do teto.

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