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Desaceleração da inflação nos EUA reforça expectativa por corte de juros

O PCE subiu 1,5% no terceiro trimestre, abaixo dos 2,5% registrados no trimestre anterior

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 out 2024, 11h27 - Publicado em 30 out 2024, 14h59

Os dados econômicos divulgados nesta quarta-feira, 29, reforçam a expectativa de que o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), poderá seguir com tranquilidade o ciclo de afrouxamento da política monetária.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou uma leve desaceleração, enquanto a inflação, medida pelo índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE), segue em trajetória de queda. A combinação de crescimento mais lento e inflação sob controle deve proporcionar ao Fed a flexibilidade necessária para avançar com os cortes nas taxas de juros em sua próxima reunião.

O PCE, a medida oficial da inflação, subiu 1,5% no trimestre, abaixo dos 2,5% registrados no segundo trimestre. Quando excluídos os preços voláteis de alimentos e energia, o núcleo do PCE também perdeu força, avançando 2,2%, comparado a 2,8% no período anterior.

Esse alívio na inflação ocorre em um momento de intensa atenção ao mercado de trabalho, cujos dados ainda robustos criam dúvidas sobre a trajetória futura das taxas de juros. A resiliência no emprego e os aumentos na renda pessoal geraram receios de que o Fed poderia pausar seu ciclo de cortes para evitar um aquecimento excessivo da economia. Contudo, os números mais recentes de inflação parecem ter dissipado parte dessas preocupações, elevando a probabilidade de novos cortes  na taxa de juros. Segundo a ferramenta FedWatch,  cerca de  96,7% do mercado aposta em um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed.

O temor com a inflação também foi amenizado com os dados da renda pessoal, que desacelerou para 221,3 bilhões de dólares no terceiro trimestre, ante um aumento de 315,7 bilhões de dólares no segundo trimestre. A renda pessoal disponível — que reflete o montante de recursos que os consumidores têm à disposição após impostos — também  diminui, registrando avanço  de 3,1%, uma queda significativa ante os 5% do trimestre anterior. A taxa de poupança pessoal também encolheu, situando-se em 4,8%, comparada aos 5,2% registrados no trimestre passado.

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O Fed, que tem combatido a inflação com uma série de altas agressivas nas taxas de juros desde 2022, agora encontra-se com maior margem de manobra para moderar sua postura e conduzir a economia para um pouso suave.

Ainda assim, o consenso entre analistas é de que o banco deverá continuar seu ciclo com cortes moderados para garantir um pouso suave.

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