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De olho em Lula ‘amigável’, Ibovespa fecha com maior alta desde maio de 2023

Declarações do presidente levam investidores a ajustar posições, privilegiando ativos de risco e puxando alta das ações

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2025, 19h02 - Publicado em 30 jan 2025, 18h31

O Ibovespa até ameaçou, no pré-mercado hoje, uma abertura negativa, mas logo se recuperou e traçou um desempenho consistentemente positivo até o fechamento dos negócios. Com investidores reduzindo posições voltadas à proteção e aceitando mais risco, o principal índice da B3 terminou o pregão em alta de 2,82%, aos 126.912 pontos. É a maior alta em um pregão desde maio de 2023. Com o movimento de hoje, o Ibovespa caminha para terminar o primeiro mês do ano com ganho acumulado de mais de 5%. O dólar registrou nova queda e foi a 5,85 reais.

No pano de fundo, os investidores observam o movimento do exterior, onde o Dow Jones, o Nasdaq e o S&P 500 terminaram o dia também no campo positivo. Por lá, o mercado observa os passos do Federal Reserve, o banco central americano, um dia depois da decisão de manter os juros inalterados. Apesar da política monetária incerta, profissionais de mercado esperam que a autoridade encontre espaço para um corte de juros de forma intercalada entre as reuniões, o que contribui para o bom humor na renda variável.

Mas o grande tema do dia foi o cenário local, após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva amenizarem os temores de intervenção no Banco Central. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, na primeira decisão sob comando de Gabriel Galípolo e conforme esperado pelos investidores. Galípolo foi indicado, assim como a maioria dos diretores do atual Copom, por Lula.

Apesar da decisão dura tomada pelo Copom, o líder petista minimizou a situação. “O presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau, num mar revolto, de uma hora para a outra”, afirmou Lula a jornalistas. Ele também destacou que o aumento dos juros feito agora já estava “contratado” desde a gestão anterior, de Roberto Campos Neto, e que tem “100% da confiança” em Galípolo, a quem atribuiu capacidade de criar condições para que os juros caiam “no tempo em que a política permitir”.

As afirmações de Lula ajudam os investidores a calibrar expectativas e ajustar o nível de risco na carteira no curto prazo, mas o mercado continua observando o desenrolar do tema e dos trabalhos do Executivo para controlar a dívida brasileira, um assunto que ainda desagrada a maioria dos economistas, gestores e analistas. Também na tarde de hoje, Lula voltou a bater de frente com os críticos ao dizer que “não tem outra medida fiscal” em vista. “Se depender de mim, não tem”, declarou.

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