De currículos a entrevistas: como a IA está ajudando os brasileiros a conquistar emprego

Mais da metade dos profissionais em busca de emprego usa a tecnologia para para ajudar em processos seletivos, segundo pesquisa da Robert Half

Por Camila Pati SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2025, 10h47 - Publicado em 15 ago 2025, 10h39

OpenAI é acusada de coletar massivamente dados dos usuários sem deixar claro o que está sendo recolhido - — ChatGPT: usar a IA traz resultados positivos, segundo entrevistados (Silas Stein/picture alliance/Getty Images)

Adaptar-se virou a regra do jogo e quem busca emprego já entendeu isso. Pesquisa da consultoria de recrutamento Robert Half ,com 700 profissionais, revela que 57% já usam inteligência artificial para aumentar as chances de conseguir emprego, e quase um terço relata ter sido chamado para mais entrevistas.

A pesquisa ouviu gestores e profissionais qualificados, de diferentes setores e regiões do país. Entre os que apostam na ajuda da IA para se destacar em processos seletivos, 17% relataram que receberam avaliações positivas dos recrutadores.

A maioria (43%) usa a inteligência artificial para adaptar e revisar seus currículos. A pesquisa também mostra que 30% dos profissionais apostam na IA para identificar as palavras-chave relevantes para as posições desejadas e 26% se preparam para entrevistas de emprego interagindo com a tecnologia. Outro uso identificado pela Robert Half foi a comparação entre oportunidades profissionais no mercado de trabalho, 16% pedem ajuda da IA para isso.

A consultoria também identificou cinco habilidades decisivas para manter a empregabilidade: adaptação a novas tecnologias (75%), pensamento crítico (44%), domínio de dados (39%), criatividade para resolver problemas (34%) e aprendizado contínuo (26%).

“Daqui em diante, quem conseguir usar os recursos disponíveis a seu favor, sem deixar de lado as competências humanas, certamente estará melhor posicionado para aproveitar as oportunidades. Apenas 1% dos entrevistados demonstraram receio de que suas funções se tornem obsoletas, o que é um ótimo sinal”, diz Elisa Jardim, gerente da Robert Half.