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Queda generalizada das bolsas faz disparar o ‘termômetro do medo’; entenda

O dia é de uma nova onda de pânico nos mercados; o índice VIX chegou ao maior patamar desde a crise de 2008

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2025, 17h53 - Publicado em 7 abr 2025, 11h32

A segunda-feira amanheceu sob o peso de uma nova onda de pânico nos mercados globais. Investidores, já fragilizados pelos choques da última semana, aprofundaram a liquidação de ativos diante do agravamento das tensões comerciais iniciadas por Washington. A retórica protecionista do presidente Donald Trump — que muitos já descrevem como o estopim de uma guerra comercial de escala global — elevou o nível de aversão ao risco a patamares inéditos desde a crise financeira de 2008.

O colapso é coordenado e generalizado. No Japão, o circuit breaker foi acionado na Bolsa de Tóquio após quedas abruptas, enquanto na China, o índice Hang Seng, de Hong Kong, afundou mais de 13%, na maior queda diária desde 1997. As bolsas europeias também operam em terreno negativo, e as bolsas de Wall Street apontam para mais uma sessão de perdas acentuadas, depois de uma semana em que US$ 5,4 trilhões evaporaram do valor de mercado das ações americanas — elevando o tombo acumulado no mandato de Trump para mais de US$ 10 trilhões.

No Brasil, o Ibovespa replica o pânico externo e opera em forte queda. O índice recuava aos 125.000 pontos no meio do dia. O ambiente é de desconfiança generalizada. O índice VIX, conhecido como o “termômetro do medo” de Wall Street, chegou a superar os 60 pontos nesta manhã, tocando o maior patamar desde agosto de 2024. A última vez que o índice rondou esses níveis foi durante a crise financeira de 2008 e no ápice da pandemia de covid-19, em março de 2020.

O movimento de aversão ao risco impulsiona o dólar, que sobe quase 1% frente ao real e é negociado a R$ 5,89. Na sexta-feira, a divisa americana já havia disparado 3,6%, registrando a maior valorização diária em mais de um ano.

Nem mesmo os ativos tradicionalmente considerados como portos seguros escapam da liquidação. O ouro, apesar de ser visto como proteção em tempos de turbulência, recua levemente, num sinal de que os investidores estão liquidando posições para cobrir perdas em outras partes dos portfólios. A sinalização é clara: o medo transbordou as fronteiras do mercado acionário e contaminou todos os ativos.

O crash desta segunda-feira é o retrato de um mercado que perdeu a bússola, sem confiança na política e sem clareza sobre o futuro da economia global. E, nesse ambiente, qualquer esperança de recuperação duradoura parece, por ora, distante do radar.

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