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Coronavírus: Previsão do rombo fiscal sobe para R$ 500 bi, diz Mansueto

Para o secretário do Tesouro, as medidas anunciadas são essenciais: 'A piora fiscal é forte, mas necessária. Vamos ter de aceitar isso de forma adulta'

Por Da Redação 7 abr 2020, 15h59

A equipe econômica do governo federal já prevê um déficit do setor público consolidado (que reúne as contas de governo federal, estados, municípios e estatais) maior para 2020. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta terça-feira, 7, que o país deve fechar o ano com déficit primário de 500 bilhões de reais, acima dos 400 bilhões estimados inicialmente por ele em 30 de março. De acordo com o secretário, o volume de recursos que o governo terá de injetar para combater a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) colocará o déficit muito acima do resultado negativo de 2019.

“O buraco fiscal no ano passado foi em torno de 61 bilhões de reais e, este ano, estamos caminhando tranquilamente para algo em torno de 450 bilhões, 500 bilhões de reais”, afirmou Mansueto. Apesar do rombo, as medidas anunciadas são vistas pelo secretário como necessárias. “A piora fiscal é forte, mas é necessária neste ano. Vamos ter de aceitar isso de forma adulta”, acrescentou.

O secretário afirmou que o momento é de cuidar da saúde das pessoas e que também é preciso garantir renda para os trabalhadores mais vulneráveis, como os informais, que foram afetados em cheio pela pandemia. Para ele, as medidas adotadas até o momento pelo governo estão bem preparadas para os próximos três meses. “É preciso proteger e dar renda a pessoas vulneráveis, pessoas que não estão podendo trabalhar neste momento, e não por culpa delas”, disse Mansueto. “Se for preciso [adotar medidas emergenciais para] mais de três meses, vamos ter de sentar à mesa para ver o que fazer.”

Questionado sobre a ajuda emergencial de 600 reais aos trabalhadores informais e a beneficiários do Bolsa Família, o secretário disse que os recursos ainda não chegaram devido à “dificuldade de entrega”. Segundo ele, outros países, além do Brasil, estão tendo dificuldades para executar as medidas aprovadas, devido à rapidez da crise. “Todo mundo foi surpreendido pela velocidade desta crise. Há um mês estávamos todos trabalhando, viajando, fazendo palestras, sem saber que depois teríamos que ficar em casa”, disse Almeida, que citou o aplicativo criado pela Caixa Econômica para as pessoas se cadastrarem a fim de receber o benefício. “No Brasil, quase todo mundo tem aparelho celular.”

O Ministério da Economia estima que, ao todo, as iniciativas anticrise já anunciadas causam impacto de 224,6 bilhões de reais para as contas públicas, entre renúncia de receitas e criação de despesas. Considerando apenas o governo central (que reúne Tesouro, Banco Central e Previdência), os dados da pasta mostram que o rombo nas contas em 2020 está previsto em 419 bilhões de reais (ou 5,55% do PIB), o que será o pior resultado da história.

(Com Agência Brasil)

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