Coreia do Sul proíbe negócios com bitcoin com contas anônimas
Proibição entra em vigor em 30 de janeiro e tenta impedir que moedas virtuais sejam usadas para lavagem de dinheiro e outros crimes
A Coreia do Sul vai proibir o uso de contas bancárias anônimas em operações de criptomoedas a partir de 30 de janeiro. A restrição tenta impedir que moedas virtuais sejam usadas para lavagem de dinheiro e outros crimes.
A medida vem em meio a esforços de Seul para controlar a obsessão dos sul-coreanos por criptomoedas. De donas de casa a estudantes universitários, a população tem corrido para negociar no mercado, apesar dos avisos sobre investir em um ativo não coberto por ampla supervisão regulatória.
O bitcoin caiu quase 20% na semana passada, para uma mínima de quatro semanas na bolsa Bitstamp, de Luxemburgo, pressionado por preocupações sobre uma possível proibição de negociação de moedas digitais nas bolsas sul-coreanas. Na tarde de terça-feira, o bitcoin subia cerca de 5%, para aproximadamente 11 mil dólares.
Autoridades no mundo todo estão pedindo uma regulação mais dura e coordenada do comércio de criptomoedas. Na Coreia do Sul, o principal regulador financeiro disse na semana passada que o governo pode considerar o fechamento das bolsas de moedas digitais domésticas.
O gabinete presidencial da Coreia do Sul esclareceu que uma proibição total das bolsas de criptomoedas é uma das opções sendo consideradas.
“O governo ainda está discutindo se uma proibição definitiva é necessária”, disse um funcionário do governo que pediu para não ser identificado.
A partir de 30 de janeiro, operadores de criptomoedas na Coreia do Sul não poderão fazer depósitos em carteiras de moedas virtuais a menos que os nomes nas contas bancárias correspondam ao nome da conta na bolsa de criptomoeda, disse o vice-presidente da Comissão de Serviços Financeiros, Kim Yong-beom.