Copom mantém Selic em 6,5% na última reunião antes das eleições
Foi a quarta vez que o Copom manteve a Selic neste patamar, o menor da história do país.
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 6,5% ao ano na reunião finalizada nesta quarta-feira. Foi a quarta vez que o Copom manteve a Selic neste patamar, o menor da história do país.
A manutenção já era esperada, pois o ritmo de atividade econômica continua fraco e os preços estão sob controle. A dúvida do mercado é se o processo de elevação dos juros se iniciará no fim de 2018 ou começo de 2019.
“O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019”, afirma o Copom.
Em boletim divulgado após a decisão, o Copom afirma que existem fatores de risco para a inflação – um dos fatores considerados na definição da taxa de juros. “Uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes.”
Sobre as próximas reuniões, o Copom sinaliza que a inflação pode impactar as próximas reuniões. “O Copom reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora.”
Repercussão
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Copom acertou em sua decisão de manter a Selic em 6,5% ao ano. “Diante do fraco desempenho econômico por um lado, e das pressões vindas de alimentos e do câmbio, a FecomercioSP acredita ser correta a postura cautelosa da autoridade monetária”,afirma em nota.