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Copom deve reduzir corte na taxa de juros, dizem analistas

Expectativa do mercado é de que o Copom diminua os juros em 0,75 ponto porcentual, a 7,50%; nas últimas quatro reuniões, corte foi de 1 p.p.

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h16 - Publicado em 24 out 2017, 08h23

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve reduzir o ritmo de corte na Selic a 0,75 ponto porcentual. Os juros vinham sendo cortados em 1 ponto porcentual a cada reunião.

A expectativa dos analistas do mercado financeiro é de que o órgão do Banco Central reduza a taxa básica de juros de 8,25% para 7,50% ao fim da reunião desta terça e quarta-feira.

Se confirmada a previsão, a decisão sinaliza que o atual ciclo de cortes, iniciado em setembro de 2106, está próximo do seu fim. Nas últimas quatro reuniões do Copom, o corte na Selic foi de 1 ponto porcentual. Os analistas  consultados pelo Boletim Focus preveem que a instituição fará uma redução ainda menor em dezembro, de 0,5 ponto porcentual, levando a taxa a 7% no fim do ano.

Para os economistas do BTG Pactual, há pouca dúvida de que o Copom vai reduzir o ritmo de corte. Segundo análise assinada pelos economistas Eduardo Loyo e Claudio Ferraz, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, tem sinalizado que o cenário pouco tem se alterado nos últimos tempos. “O que virá a seguir, pelo menos de acordo com as intenções preliminares do Copom, pode não ser tão inequívoco, mas os sinais foram convincentes o suficiente para produzir um consenso muito amplo em favor de um corte de 0,50 p.p. em dezembro. Isto iria, afinal, combinar naturalmente com  ‘encerramento gradual’ do ciclo, além da moderada desaceleração ‘telegrafada’ para esta semana”, diz trecho do texto.

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A taxa Selic

A Selic é a taxa usada como referência para definir os juros pagos em diversos contratos do sistema financeiro, de empréstimos para a compra de imóveis a cartões de crédito. Ela é definida em reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que é parte do Banco Central, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias. O BC altera a taxa básica de juros para controlar a inflação por meio da influência que a Selic tem na oferta de dinheiro disponível no mercado.

O relatório semanal do Itaú, assinado pelo economista-chefe da instituição, Mario Mesquita, indica que o Copom deve manter o comportamento previsto anteriormente por causa de um cenário macroeconômico favorável.  “Dados recentes mostram um ambiente ainda de baixa inflação e expectativas ancoradas, com sinais de uma ainda gradual, mas cada vez mais abrangente, recuperação de atividade econômica”, escreve o especialista.

 

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