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Consumo cresce nos EUA, mesmo com alta da inflação e preocupação com empregos

Consumo dos americanos registrou em julho aumento de 0,3%, o maior em quatro meses; núcleo da inflação medida pelo PCE também cresceu 0,3%

Por Redação
Atualizado em 29 ago 2025, 11h37 - Publicado em 29 ago 2025, 10h25

O consumo dos americanos registrou em julho o maior crescimento em quatro meses, com os gastos ajustados pela inflação avançando 0,3% em relação a junho, segundo dados oficiais do Bureau of Economic Analysis (BEA) divulgados na sexta-feira. O aumento foi impulsionado pelo crescimento da renda e pelos gastos com bens duráveis, sinalizando uma demanda resistente mesmo diante da inflação e de um mercado de trabalho que mostra sinais de enfraquecimento.

O índice de preços do consumo pessoal (PCE) principal, que exclui alimentos e energia e é o indicador preferido do Federal Reserve, o banco central americano, para medir a inflação, também aumentou 0,3% de junho para julho. Na comparação anual, o indicador acelerou para 2,9%, o maior patamar desde fevereiro, superando ligeiramente a meta de 2% do banco central americano. Os dados mostram que tanto o PCE geral quanto o núcleo ficaram dentro das estimativas do mercado, com alta mensal de 0,2% e 0,3%, respectivamente.

A aceleração da inflação foi impulsionada principalmente pelo aumento dos custos de serviços, que registraram o maior salto desde fevereiro. Entre os itens que mais pressionaram os preços estão as taxas de gestão de portfólio, refletindo o rally do mercado de ações dos últimos meses, além dos custos de serviços recreativos, incluindo esportes ao vivo e entretenimento. Um indicador específico da inflação de serviços, que exclui energia e habitação, subiu 0,4%, o maior aumento em cinco meses.

O crescimento dos gastos foi liderado pelas compras de mercadorias, especialmente bens duráveis como automóveis, móveis domiciliares e equipamentos esportivos. Essa expansão ocorre em um contexto desafiador, com empresas enfrentando pressões das tarifas de importação implementadas pelo presidente Donald Trump, que começam a impactar mais claramente os preços ao consumidor.

Muitas companhias anteciparam importações antes da implementação das tarifas, enquanto outras diversificaram suas cadeias de suprimento ou absorveram os custos extras em suas margens. Mas os analistas estimam que essas estratégias para evitar repassar os preços para os consumidores têm prazo de validade.

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Os dados chegam em um momento crucial para o Federal Reserve, que se prepara para sua reunião de 16 e 17 de setembro, que pode resultar em um corte nas taxas de juros. No encontro anual de Jackson Hole na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou aberta a possibilidade para uma redução das taxas no próximo mês, citando riscos crescentes ao mercado de trabalho, embora tenha observado que os efeitos das tarifas sobre os preços “agora são claramente visíveis”.

A combinação de consumo robusto com inflação em aceleração e mercado de trabalho enfraquecido apresenta um dilema para os formuladores de política monetária americana. Embora os americanos continuem gastando, permanece incerto por quanto tempo esse impulso se manterá diante do aumento dos preços e da deterioração das condições de emprego. 

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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