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Congresso é ‘grande câncer’ e ‘não tem deus que mude’, diz fundador da SPX

Rogério Xavier se mostrou mais cético que André Esteves e sócios da JGP e Verde acerca do rumo das contas públicas

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 fev 2025, 17h43

Ao lado de alguns dos maiores nomes do mercado financeiro nacional, o sócio e fundador da SPX Capital Rogério Xavier teceu duras críticas ao Congresso Nacional e à classe política em geral, mostrando ceticismo quanto ao futuro dos gastos públicos. “[A irresponsabilidade fiscal] não é um problema desse governo. Acho que o grande câncer desse país se chama Congresso Nacional”, disse durante o evento CEO Conference 2025, do banco BTG Pactual, nesta terça-feira, 25. O investidor apontou que as emendas impositivas, a sanha de gastança da classe política e a ingerência do Legislativo sobre o orçamento são fatores de preocupação e, em sua visão, não podem ser resolvidos pelo Executivo. “Não tem ideologia, não tem Tarcísio, não tem deus, não tem ninguém que vai mudar a sanha, a vontade, dos políticos de gastarem”, afirmou Xavier. Nesse sentido, o gestor não está otimista em relação a uma eventual mudança de rumo a partir das eleições de 2026 — ponto no qual divergiu dos demais presentes no evento: “O Rogério está meio cético de que o governo A ou o governo B não vai mudar muito [o quadro fiscal]. Eu acho que vai mudar”, disse André Esteves, sócio-sênior do BTG e mediador do debate entre gestores.

Também presente no painel conduzido por Esteves, o sócio-fundador da JGP André Jakurski lembrou que, há mais de um ano da eleição presidencial, a última pesquisa Datafolha sobre a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já mexeu com os mercados. “Teve um início de rali (da eleição), que durou 24 horas, quando saiu a pesquisa Datafolha. Provavelmente ainda está cedo demais, as pesquisas oscilam muito. Nada está escrito”, disse. A pesquisa em questão revelou uma queda de 11 pontos percentuais na parcela da população que considera o governo Lula ótimo ou bom — indicando uma menor chance do petista conseguir se reeleger no ano que vem. “Se me perguntassem se era possível cair 11 pontos a avaliação do Lula em ótimo e bom, diria que não era possível”, disse Luís Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, também presente no painel da CEO Conference. O sócio da Verde considera que tamanha queda de popularidade é impressionante num contexto de crescimento econômico. Nesse sentido, Stuhlberger avalia que a inflação é a principal explicação para a perda de popularidade do governo e “no máximo um ano antes” da eleição, vai começar o rali no mercado acerca do pleito presidencial.

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