Com medo das tarifas de Trump, americanos estão comprando mais
Pesquisa feita pelo site CreditCards.com, com 2 mil americanos, aponta que 19% estão adquirindo mais itens do que o habitual e 42% estão estocando produtos

O receio do tarifaço tem causado uma corrida às compras nos Estados Unidos. Pesquisa feita pelo site CreditCards.com, com 2 mil americanos, aponta que 19% estão comprando mais do que o habitual, influenciados pelas tarifas anunciadas pelo governo de Donald Trump para produtos importados. Entre esses, 29% afirmam que o receio com os impactos das novas taxas é um fator decisivo para aumentar os gastos, enquanto 37% dizem que esse fator tem alguma influência em suas compras. A pesquisa foi feita no dia 13 de fevereiro.
O temor em relação às medidas comerciais protecionistas anunciadas pelo presidente dos EUA também influencia a decisão de compra: 22% afirmam que a política comercial do governo teve um grande impacto em suas escolhas, enquanto 30% relataram algum impacto.
O levantamento também mostra que 28% dos americanos fizeram compras acima de 500 dólares desde novembro de 2024, e outros 21% pretendem fazer em breve. Entre os itens mais adquiridos estão eletrônicos (39%), eletrodomésticos (31%) e materiais para melhorias residenciais (25%). Além disso, 22% compraram móveis e 17% adquiriram automóveis. Entre os que fizeram compras de alto valor, 55% aproveitaram ofertas de fim de ano.
O gasto do medo: quatro a cada dez americanos estão estocando produtos
A pesquisa também revela que 42% dos americanos estão estocando produtos, principalmente alimentos não perecíveis (76%) e papel higiênico (72%). Outros itens com alta procura incluem suprimentos médicos (49%) e medicamentos de venda livre (44%). Entre os entrevistados, 3 em cada 10 disseram que estão comprando itens específicos como preparação para uma nova pandemia.
O conceito de “doom spending” (gastos impulsionados por medo ou ansiedade) também foi identificado na pesquisa. Um em cada cinco entrevistados afirmou que está comprando excessivamente devido às incertezas futuras. Além disso, 23% preveem que vão contrair ou agravar dívidas de cartão de crédito neste ano.