Com falta de recursos, serviços públicos têm risco de ‘apagão’ já em 2026, diz economista
Verbas para despesas não obrigatórias devem cair de R$ 200 bilhões para R$ 9 bilhões até 2029, de acordo com governo
A apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, feita na terça-feira 15 pelo governo federal, acendeu um forte alerta: a falta crescente de dinheiro para as chamadas despesas discricionárias, todas aquelas que não são obrigatórias como são os pagamentos de salários públicos ou de pensões do INSS.
De acordo com as projeções apresentadas na prévia orçamentária, essas despesas poderão cair de 208 bilhões de reais, na previsão de 2026, para apenas 9 bilhões de reais até 2029.
“O espaço das despesas discricionárias vem se reduzindo de forma drástica e já em 2026 ou, no máximo em 2027, estará em um patamar abaixo do mínimo necessário para tocar algumas políticas públicas”, disse a VEJA o economista especializado em contas públicas Murilo Viana, consultor da GO Associados. “É o chamado apagão da máquina pública.”