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Com exceções, impacto de tarifas de Trump no Brasil é de até 0,4% do PIB

Previsão anterior da Fiesp era de que 0,6% do PIB do país seria atingido em 2026 com a nova taxa de 50% aplicada sobre todas as exportações para os EUA

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2025, 18h50 - Publicado em 1 ago 2025, 16h17

Com uma lista de exceções que englobou quase 700 produtos, a supertarifa de 50% prevista pelos Estados Unidos para os produtos que compram do Brasil ainda deve ter um impacto danoso, mas bem mais abrandado sobre as exportações e a economia brasileira. “A importação da imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos representa um risco baixista para a economia brasileira” afirmou a Fiesp, a federação que representa as indústrias do estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 1. “Contudo, o potencial impacto econômico negativo do tarifaço foi mitigado após a divulgação da lista de exceções pelo governo americano nesta semana.”

Uma nova conta feita pela entidade, já considerando o enxugamento nos produtos que estarão sujeitos à tarifa máxima, estima que o tarifaço dos Estados Unidos sobre o Brasil deve atingir 0,20% do PIB brasileiro ainda neste ano. A projeção anterior, que ainda contemplava um cenário em que todos os produtos vendidos pelo Brasil seriam taxados em 50%, era de 0,35%. Para 2026, quando a nova política tarifária, se não sofrer novas alterações, vigorará durante o ano completo, a estimativa de impacto foi de reduzida de 0,6% para 0,38% do PIB.

O governo dos Estados Unidos publicou na quarta-feira, 30, o decreto confirmando a ampliação da tarifa a ser aplicada sobre o Brasil de 10% para 50%, valendo a partir de 6 agosto e cumprindo o aviso que o próprio presidente americano, Donald Trump, já havia dado no começo de julho. O documento, entretanto, incluiu uma lista com 649 produtos que ficarão de fora da tarifa adicional, ou seja, que continuarão pagando apenas os 10% que já estavam previstos.

Nela, estão alguns dos principais produtos da pauta que o Brasil vende para os americanos, incluindo petróleo, combustíveis, suco e polpa de laranja, minérios, fertilizantes, motores, peças e aviões. Outros dos principais itens vendidos, entretanto, não foram poupados e, até segunda ordem, continuam sujeitos à taxa de 50% para poder entrar em solo americano – caso do café e das carnes. “O efeito sobre a balança comercial brasileira, que já era pequeno, ficou mais aguado, e, nos dados agregados, deve fazer pouca diferença”, disse o economia Livio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas e sócio da consultoria de negócios e comércio internacional BRCG.

Uma conta divulgada pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) ainda na quarta-feira já indicava que os produtos poupados da tarifa adicional representam pouco mais de 40% de tudo o que o Brasil exporta para os Estados Unidos – um total de 18 bilhões de dólares dentro dos 42 bilhões de dólares exportados daqui para lá. Ainda assim, a entidade expressou preocupação com o avanço das barreiras comerciais: “Trata-se de uma medida que fragiliza as relações econômicas e comerciais entre os dois países, afetando negativamente a competitividade de suas empresas, o emprego de seus trabalhadores e o poder de compra de seus consumidores”, disse a Ancham em um comunicado.

 

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