ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Com alta dos combustíveis e do câmbio, BC estima inflação de 5% no ano

Projeção está acima do centro da meta e, no último relatório de inflação, em dezembro, previsão era de 3,4%; prévia do IPCA de março é a maior em seis anos

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 mar 2021, 03h12 - Publicado em 25 mar 2021, 10h00

A preocupação com a alta dos preços foi o principal motivo para que o Copom elevasse a Selic acima do esperado, chegando a 2,75% ao ano e indicasse que pode fazer mais ajustes. O papel do Banco Central é garantir a estabilidade da moeda, e um dos caminhos é a inflação estável. O BC, no entanto, afirma que no momento há uma “surpresa inflacionária” e revisou a previsão do IPCA de 3,4% no último relatório para 5% em 2021. Depreciação do real e alta de diversas commodities, principalmente do petróleo, pesam.

O centro da meta da inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.

No relatório, o BC cita seis fatores que levam a revisão para cima, entre eles a alta maior que a esperada em fevereiro e a alta de preços administrados, como botijão de gás, que também está relacionado ao petróleo. Ao todo, o BC estima alta de 9,5% nas tarifas. Com a continuidade da pandemia, o BC pondera que a inflação dos serviços surpreendeu para baixo.

Para além das projeções, o cenário da inflação alta continua. O IPCA-15, prévia da inflação oficial medida pelo IBGE, registrou em março a maior variação desde 2015. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos, a exceção de educação, subiram em março. 

Os combustíveis continuaram a subir, com alta de 11% na gasolina e 16% no etanol, fazendo com que o grupo transportes contribuísse para a maior espansão. Porém, a habitação também pesou no preço do consumidor. Aqui, entram preços administrados — aqueles com reajustes determinados. O botijão de gás subiu 4,6% e as contas de água e esgoto também tiveram reajuste.

Continua após a publicidade

PIB

No relatório de inflação, o BC revisou a estimativa para a economia brasileira e prevê PIB em 3,6%, abaixo dos 3,8% do relatório de dezembro.  A previsão do BC está acima da expectativa do mercado financeiro e Ministério da economia, que estimam crescimento econômico de 3,2% para este ano.

Segundo do BC, a projeção considera, de um lado, o “carregamento estatístico” para o PIB anual maior do que o esperado, por conta do crescimento econômico no fim do ano passado, e a manutenção da atividade “em nível elevado no início de 2021”. Por outro lado, também reflete a piora da pandemia da Covid-19 nas últimas semanas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.