China mantém linha dura contra Covid-19 com novos lockdowns
Três novas cidades, com milhões de habitantes, estão sob restrições sociais e testes em massa
Os sinais de alívio da pandemia na China estão desaparecendo, após o surgimento de novos surtos de infecção da Covid-19. Na região continental do país, até o momento, três novas cidades entraram em lockdowns parciais, com paralisação das atividades não essenciais e testes em massa. Juntas, Xi’an, Lanzhou e Haikou, abrigam aproximadamente 19 milhões de habitantes. Depois da baixa nas últimas semanas, atualmente o número de novos casos está no mesmo nível do final de maio, segundo a Comissão Nacional de Saúde da República Popular da China.
Nesse contexto, aproximadamente 30 milhões de pessoas ainda estão sob alguma forma de restrição social no país. Embora os novos surtos coloquem em xeque a viabilidade da estratégia rigorosa da China com a meta de “Covid-Zero”, o governo não pisa no freio e continua firme com as medidas. “É melhor ter um pequeno impacto temporário no desenvolvimento econômico, em vez de deixar a segurança física e a saúde do público ser abalada”, disse à mídia estatal o presidente Xi Jinping, em vista a Wuhan.
Os novos casos não são apenas em cidades de menor porte. Em Xangai, com mais de 26 milhões de habitantes, estão sendo registradas novas infecções, inclusive uma nova subvariante da Ômicron (classificada como BA.5.2.1) e reportada pelas autoridades neste domingo (10). O caso é preocupante, especialmente porque a cidade saiu no início de junho de um rigoroso lockdown de dois meses.
Os fechamentos em grandes megalópoles como Xangai e Pequim, onde milhões de pessoas ficaram confinadas em suas casas no início deste ano, levaram a desaceleração significativa no crescimento econômico, impacto sentido em diversos países com relações comerciais diretas com a China. Os problemas logísticos ou a interrupção das cadeias de suprimentos no pais tem consequências globais.