“Carro voador” de Israel está perto de chegar ao mercado
Veículo para uso militar, que está em desenvolvimento desde 2001, pode começar a ser vendido em 2020, segundo a fabricante
Após quinze anos de desenvolvimento, a Urban Aeronautics, uma empresa de tecnologia israelense, acredita que, finalmente, conseguirá colocar no mercado seu drone de passageiro de 1,5 tonelada. O início das vendas está programado para ocorrer até 2020.
Batizado de Cormorant, o “carro voador” pode transportar 500 quilos e viajar a 185 quilômetros por hora. Ele completou seu primeiro voo solo automatizado em novembro. Seu preço total é estimado em 14 milhões de dólares.
Os desenvolvedores da Urban Aeronautics acreditam que o drone verde-escuro, que usa rotores internos em vez de hélices de helicóptero, poderia retirar pessoas de ambientes hostis ou permitir acesso seguro a forças militares.
“Basta imaginar uma bomba suja em uma cidade (…) Este veículo pode entrar roboticamente em uma rua, pilotado de forma remota, e descontaminar uma área”, disse Rafi Yoeli, fundador e presidente da Urban Aeronautics.
Yoeli fundou a empresa em 2001 para criar o drone. Ele afirma que o equipamento é mais seguro que um helicóptero, já que pode voar entre edifícios e abaixo das linhas de energia sem o risco de uma hélice bater nessas estruturas.
Mas ainda há muito trabalho a ser feito antes que o veículo autônomo chegue ao mercado. O Cormorant, do tamanho de um carro de passeio e que já foi chamado de “Air Mule”, ainda não cumpriu todas as normas da Federal Aviation Administration, a agência de aviação israelense. Em um teste realizado em novembro, foram registrados pequenos problemas com dados conflitantes enviados por sensores de bordo.
De qualquer forma, observadores externos estão otimistas com o veículo. “Ele poderia revolucionar vários aspectos da guerra, incluindo a retirada de soldados feridos em campo de batalha”, diz Tal Inbar, chefe do centro de pesquisa do Fisher Institute for Air and Space Strategic Studies.
Assista ao teste feito com o Cormorant em novembro:
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(Com Reuters)