Carlos Ghosn diz que prisão é um “complô” contra ele
Ex-chefe das montadoras Nissan, Renault e Mitsubishi deu entrevista ao jornal japonês "Nikkei"; empresário está preso desde novembro por sonegação e fraude
O ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn atribuiu nesta quarta-feira, 30, sua prisão em Tóquio a um “complô”. Ele afirma ter sido “traído” por diretores da montadora japonesa quando tentou aprofundar a aliança com Renault e Mitsubishi.
Em entrevista concedida ao jornal Nikkei na prisão onde está detido desde 19 de novembro, Ghosn, que é o franco-brasileiro-libanês, negou as acusações e que sua gestão tenha se tornado uma “ditadura” liderada por ele. “Traduziram liderança forte como ditadura, deformando a realidade para se livrar de mim”, disse o empresário.
O empresário, que presidia a aliança Nissan-Mitsubishi Motors-Renault, é acusado de sonegar 5 bilhões de ienes (170 milhões de reais) em imposto de renda entre 2010 e 2015. Ele também é suspeito de sonegação de renda entre 2015 e 2018, de abuso de confiança, assim como de desviar dinheiro de uma conta da Nissan para um amigo saudita.
Ghosn foi preso em 19 de novembro e, desde então, está preso na Casa de Detenção de Tóquio.
(Com EFE, AFP)