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Caixa destitui três vice-presidentes e reconduz um deles

Apenas um dos quatro vice-presidentes afastados foi reconduzido ao cargo

Por Fabiana Futema Atualizado em 23 jan 2018, 19h55 - Publicado em 23 jan 2018, 19h19

O Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal decidiu em reunião nesta terça-feira destituir do cargo três dos quatro vice-presidentes afastados do cargo após investigação do Ministério Público Federal. A decisão atinge Antônio Carlos Ferreira (Corporativo), Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo) e Deusdina dos Reis Pereira ( Fundos de Governo e Loterias).

O quarto vice-presidente afastado, José Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital), foi restituído ao cargo. Segundo a Caixa, ele foi reconduzido pela “constatação, em investigações interna e independente, de ausência de elementos suficientes para configuração de sua responsabilidade”.

O pedido de afastamento dos dirigentes foi feito em dezembro pelo Ministério Público Federal. Mas Temer vinha se recusando a acatar a recomendação do MPF e determinou o afastamento apenas na semana passada.

O Conselho da Caixa decidiu também que todos os doze vice-presidentes serão selecionados por meio de processo competitivo. Uma empresa especializada será contratada para dar inicio ao processo, que deve ocorrer nos próximos doze meses.

Segundo a Caixa, a primeira etapa do processo de seleção abrangerá as vice-presidências Corporativo, Governo, Fundos de Governo e Loterias e Administração e Gestão de Ativos de Terceiros.

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Histórico

A Caixa é alvo das operações Sépsis, que apura desvios no FI-FGTS; Cui Bono?, sobre desvios em liberações de créditos a grandes empresas; e Patmos, que investiga desvios praticados pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e por Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos e Loterias. Personagens políticos, como Cunha e o também ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves(PMDB-RN), estão presos por causa dessas operações.

No documento encaminhado à Caixa, os procuradores apontaram supostas irregularidades que teriam sido mapeadas pela investigação do escritório Pinheiro Neto contra ao menos quatro vice-presidentes do banco: vazamento de informações privilegiadas para políticos sobre andamento de pedidos de empréstimos; negociação de cargo em estatal como moeda de troca para liberação de crédito; e pedidos para atender a “demandas” de políticos como garantia para a manutenção da vaga de vice-presidente.

 

 

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