ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Brazil Economic Forum trata dos desafios e oportunidades para o Brasil na era Trump

Promovido pela Editora Abril, por meio de VEJA, e pelo Lide , o evento tem transmissão online nesta quinta-feira, 23

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jan 2025, 10h57 - Publicado em 23 jan 2025, 10h57

Líderes, autoridades e executivos presentes nos painéis do Brazil Economic Forum Zurich 2025, na manhã desta quinta-feira, 23, mostraram como as incertezas geopolíticas  e a posse de Donald Trump nos Estados Unidos trazem grandes desafios mas também oportunidades para o Brasil. O evento é promovido pela Editora Abril, por meio de VEJA, e pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, com transmissão online pelo Youtube e Canal Veja+.

A passagem da presidência para o republicano marca a queda do multilateralismo e a ascensão de uma era de negócios bilaterais. Nesse contexto, é com base nas suas forças e potencialidades que o Brasil vai conquistar seu espaço na geopolítica mundial, a saber: a segurança alimentar e a energia limpa. Liderando a transição energética entre os emergentes, o país sede da COP 30 deve aproveitar o contexto global de preocupações e a recente saída dos EUA do Acordo de Paris para mostrar ao mundo suas iniciativas de sucesso na área de sustentabilidade.  

No entanto, para se destacar no ambiente global e atrair negócios e investimentos preenchendo o vácuo deixado pelos Estados Unidos na agenda de transição energética, o Brasil precisa superar seus problemas internos. “Infelizmente, a gente se vê preso a discussões da década de 80, como o equilíbrio fiscal. Em algum momento, a matemática tem que ser feita: você não consegue gastar mais do que ganha ao longo dos anos”, afirmou Fabio Carvalho, chairman do Grupo Abril, na abertura do Brazil Economic Forum.

Nesse sentido, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse, em vídeo exibido no início do fórum, que o equilíbrio fiscal  e a discussão sobre o tamanho de um Estado eficiente serão temas centrais no Congresso Nacional em 2025.  “O Congresso é plenamente capaz de entregar a qualificação do gasto público, a qualificação do orçamento público que mitigue e combata privilégios, desperdícios” que se rediscuta o tamanho de um Estado eficiente e necessário e qualifique o gasto público”. Em tempos muito sombrios e com certo obscurantismo” é preciso ainda zelar pela democracia, acrescentou Pacheco.  

A polarização das redes sociais do país torna mais do que necessária a atuação da imprensa na opinião do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso. “O Brasil nunca precisou tanto de uma imprensa de qualidade, em um momento de polarização nas redes sociais do país. “A imprensa que confere fatos e separa fato de opinião, a imprensa  que tem um papel importante que é criar um conjunto de fatos comuns sobre os quais as pessoas formam a sua opinião. Esse é o grande papel da imprensa, sobretudo nesse mundo em que se formaram tribos polarizadas  e cada um acha que pode criar a sua própria narrativa”, disse Barroso.

Continua após a publicidade

O governador Eduardo Riedel do Mato Grosso do Sul disse que a mudança de agenda nos Estados Unidos não deve desviar o Brasil da sua missão. “A gente não deve se sentir inibido.” Com a COP30 marcada para novembro, o Brasil terá a oportunidade de mostrar ao mundo como está fazendo a sua transição energética.  O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,  chamou a atenção para a importância do empenho dos governos regionais na agenda sustentável.  “A responsabilidade maior é dos governos locais no encaminhamento da manutenção dessa agenda de sustentabilidade e transição energética. Se até agora, o Brasil contava basicamente com os recursos do BNDES para promover a sua transição, recuperar o grau de investimento é uma necessidade para atrair a atenção e o dinheiro internacional.

Isso passa pela adoção de uma agenda interna firme para mitigar choques internacionais, enfrentar a inflação e restaurar a confiança fiscal, fatores que têm prejudicado o câmbio e os juros, diz o presidente da Febraban, Isaac Sidney. “Temos de acertar a mão nesse contexto bastante adverso. Internamente estamos num momento fragilizado pelo aumento da inflação e a desconfiança sobre a política fiscal,  o que tem atrapalhado as expectativas, como o câmbio e os juros. Não podemos esperar melhoras no cenário internacional, temos que fechar as brechas do nosso problema”, afirmou Sidney defendendo a importância de endurecer as medidas fiscais do Ministério da Fazenda.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.