Brasil tem 4 ações que renderam igual ou mais que ‘big techs’ pós-pandemia
Em cinco anos desde o início da pandemia, o Ibovepsa teve um dos piores desempenhos entre as principais bolsas de valores do mundo

Elas já eram promissoras, mas, depois dos choques de isolamento da pandemia, em 2020, as companhias de tecnologia foram as evidentes vencedoras do novo mundo que se configurou a partir dali. Os saltos da inteligência artificial desde então apenas ajudaram a turbiná-las ainda mais.
Não à toa, a Nasdaq, bolsa que concentra as ações de tecnologia em Nova York, teve uma das maiores altas do mundo nesses cinco anos desde que a pandemia se espalhou por todos os países, derreteu os mercados globais e devastou a economia, em fevereiro de 2020, espécie de marco zero do “crash da covid” nas bolsas de valores globais naquele ano.
O índice da Nasdaq subiu 109% de lá para cá, de acordo com levantamento feito pela consultoria de dados financeiros Elos Ayta. Imbatível, a Nvidia, a gigante de chips para inteligência artificial, acumula alta de 1.804% entre 2020 e 2025 — quer dizer, seu valor se multiplicou por 19. Os números levam em conta a variação acumulada entre 21 de fevereiro de 2020 e 18 de fevereiro de 2025 (veja a lista completa ao fim do texto).
Sem empresas nesse ramo, entre muitas outras razões, a bolsa brasileira ficou bem para trás das demais. O Ibovespa, índice acionário com as maiores empresas da B3, subiu apenas 13% nesses cinco anos — o que não dá nem um ano de renda fixa, com a Selic e o CDI hoje de volta aos 13,25%. Em dólares, que é a variação que importa para os investidores estrangeiros e para a comparação internacional, o Ibovespa deu perdas desde a pandemia, com queda de 14%.
Há, entretanto, um punhado bem seleto de companhias brasileiras que tiveram retornos comparáveis, se não aos da Nvidia, a algumas das principais big techs de Wall Street. Já consideradas as rentabilidades em dólar, só quatro ações (pertencentes a três empresas, sendo duas delas petroleiras) conseguiram a façanha de render tanto quanto elas: a Petrobras, a PetroRio e a fabricante de aeronaves Embraer, de acordo com o levantamento da Elos Ayta. O Ibovespa é formado por um total de 80 ações.
Todas elas subiram de 100% a mais de 200% desde 2020, quando feita a conversão para dólares, o que empata ou em alguns caso até deixa para trás titãs como a Amazon, que subiu 116%, a Alphabet, dona do Google, com alta de 148%, e a Apple, que deu um retorno de 222% para os seus acionistas nos cinco anos pós-pandemia. A operadora de terminais portuários Santos Brasil também chegou perto, com retorno em dólar de 114% no período.
Veja a seguir a lista completa com os retornos das big techs e também as ações que mais subiram e mais caíram do Ibovespa: