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Brasil é país latino que mais rejeita mudanças na checagem de fatos da Meta

38% dos usuários afirmam que deixariam redes sociais da empresa caso fim do 'fact-checking' chegue ao país

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 fev 2025, 16h06

No início do ano, a Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, encerrou o programa de checagem independente de fatos (fact-checking, em inglês) para combater fake news e decidiu substituí-lo pelo recurso de “Notas de Comunidade“. A companhia também anunciou a flexibilização das regras que limitam discurso de ódio nas redes e a redução do alcance dos filtros automáticos que derrubam conteúdo, medidas que têm impacto direto no Brasil.

Segundo um estudo realizado pela Broadminded, que analisa tendências de comunicação e consumo na América Latina, 19% dos brasileiros acreditam que a prática de disseminar informações falsas é um “direito democrático”, e outros 41% dizem que a Meta, como uma empresa privada, deveria ser livre para agir como preferir em relação ao tema. Por outro lado,  38% dos usuários da Meta dizem que considerariam deixar as redes da companhia caso o fim do fact-checking chegue ao Brasil e, para grande parte dos respondentes, ela errou ao implementar a medida nos Estados Unidos.

De acordo com o levantamento, o índice de rejeição dos brasileiros, que é de 41%, é o maior entre os países da América Latina analisados, superando a avaliação negativa na Argentina, com 28%; México, com 31%; Colômbia, com 35%; Chile, com 30%; e Peru, com 26%. Além disso, em comparação com outros mercados latino-americanos, o Brasil lidera em uso diário do Instagram, WhatsApp e Threads. A pesquisa também aponta que, para 87% dos brasileiros, a Meta deveria ter obrigação legal de remover conteúdos, desativar contas e colaborar com as autoridades em casos que representem riscos no mundo real.

Quando o assunto é fake news, 54% dos habitantes do país já foram expostos a desinformações nas redes sociais da Meta e 29% afirma ter acreditado nelas antes de descobrir que se tratava de algo falso. 43% já se depararam com discurso de ódio, o que inclui ofensas relacionadas à raça e gênero, o maior percentual entre os países analisados. Entre os que fizeram denúncias desses conteúdos nas plataformas da empresa, 31% dos brasileiros indica que não obteve resposta satisfatória ou que foi ignorado, enquanto 22% dizem que ficaram satisfeitos após a denúncia.

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